- Montagem (Reprodução / Facebook). |
De acordo com as alunas, elas têm sido “retiradas da sala de aula para levar sermão”, e ainda teriam sido “obrigadas a comprar uma calça” e “sofrer em silêncio com o calor do verão”.
“A justificativa da direção pra isso, é que eles se preocupam com nós e, esses shorts atraem olhares masculinos. É claro que, para eles, é bem mais sensato nos fazer passar calor, do que culpar os meninos que não querem controlar seus hormônios, nem quando estamos usando calças. Porque convenhamos, não é por causa do shorts que eles não nos respeitam, a mesma coisa aconteceria usando calças”.
Em entrevista à colunista Monica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a diretora-geral do Colégio Rio Branco, Esther Carvalho, rebateu as alegações das estudantes. De acordo com ela, a discussão está sendo “deturpada” e não há proibição aos shorts, mas sim ao fato das alunas não estarem usando a “bermuda do tamanho correto”.
“Falamos: 'Gente, os shorts estão curtos demais'. Elas não querem usar bermuda do tamanho correto porque falam que é brega (...). São duas coisas importantes: uma é código de vestimenta e contexto, outra é uma discussão mais complexa, sobre preconceito, tolerância, feminismo, machismo”, comentou a diretora.
Esther Carvalho afirmou ainda que “também tem calor”, mas que “a vida é assim, tem regra”. Ainda segundo a diretora, a alegação das alunas de não terem dinheiro para comprar a calça do uniforme não procede, por se tratar de um grupo estudantil “abastado”. A direção do Colégio Rio Branco promete aproveitar o momento para discutir o machismo, o feminismo, e o preconceito.
“A camiseta da menina é 'baby look'. Mas de alguma forma nunca vai atender a todos. Porque cada um quer usar sua roupa dentro de um uniforme”, completou a diretora. (De HuffPost Brasil)
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