Jurista diz que primeira condenação contra Ricardo deve acontecer em agosto

Conforme avaliação de Targino, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral tem elementos que comprovam ilicitudes praticadas pelo governador no período eleitoral e, por isto, acredita na primeira condenação de Coutinho. 

Harrison Targino (Foto: Divulgação). 
Uma das ações movidas pela ‘Coligação A Vontade do Povo’ que pede a cassação do governador Ricardo Coutinho e a vice Lígia Feliciano pelo envolvimento de setores da Segurança Pública na campanha de 2014, além da concessão de benefícios a policiais no período de campanha deve ser julgada pelo do Tribunal Regional Eleitoral até agosto. É o que defende o advogado da coligação, Harrison Targino.

O jurista disse que o processo chegou às alegações finais e após o prazo de 48 horas dado pelo TRE para que as partes envolvidas se manifestem, o processo segue para apreciação do Ministério Público e retorna para julgamento dos membros da Corte Eleitoral.

Conforme avaliação de Targino, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral tem elementos que comprovam ilicitudes praticadas pelo governador no período eleitoral e, por isto, acredita na primeira condenação de Coutinho. “A ação traz provas robustas de que ocorreu o uso da máquina pública em favor da candidatura de Ricardo Coutinho que, utilizando se da posição de governante, descobriu-se sensível aos pleitos dos servidores só no ano da eleição. E neste ano concedeu vantagens pecuniárias, premiações, gratificações todas voltadas a conseguir adesão e bem querer de servidores e familiares”, constatou.

Na mesma ação é questionada, ainda, a tentativa de invasão do escritório jurídico da ‘Coligação A Vontade do Povo’ no dia anterior a realização do primeiro turno da eleição. “A ação ainda prova envolvimento de setores da segurança pública diretamente na campanha usando recursos públicos em favor de um candidato. Isto tudo afeta a igualdade de oportunidades no pleito. O que é vedado pela lei e sancionado pela Justiça. Nesta ação, nós agregamos também o uso da Polícia Militar em favor da candidatura de Ricardo Coutinho, conforme atestaram dois juízes que pediram afastamento de comandantes, e também tratamos do uso da polícia na tentativa da invasão do escritório jurídico de campanha”, explicou Targino.

O parecer do Ministério Público definirá o prazo para julgamento, mas não deve ultrapassar um mês. Contudo, o advogado ponderou, levando em consideração a morosidade comum na tramitação das ações entre as instituições. “Temos, por exemplo, ações da eleição de 2010 que foram analisadas agora. Falta a publicação do despacho, porque foi disponibilizado e não publicado. Depois disso, vem o parecer do Ministério Público e volta para o Pleno”, ratificou Harrison.

As vantagens questionadas na ação referem-se ao ‘Prêmio Paraíba Unida Pela Paz’, que concedeu benefícios a Policiais Civis, Militares e Bombeiros. A premiação foi instituída por um decreto de 2014. A criação do prêmio custou aos cofres do Governo do Estado a quantia de R$ 25 milhões que não estavam dentro da previsão orçamentária aprovada no início daquele ano. 

Além da ação que envolve o uso das polícias na campanha de Ricardo Coutinho, outras sete estão em tramitação e devem chegar ao estágio conclusivo nos próximos meses. De acordo com Harrison, novos agravos estão na pauta do TRE nas ações que investigam o uso do ‘Programa Empreender’, da PBPREV, e o gasto abusivo com publicidade no período eleitoral. (Com o Blog do Gordinho)

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