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O presidente dos EUA, Donald Trump. Foto: Chip Somodevilla / Getty Imagens. |
“Se você olhar para o Brasil, eles estão passando dificuldades. A propósito, eles repetidamente falam sobre a Suécia, [o coronavírus] voltou para assombrar a Suécia, que está tendo um momento bem complicado”, disse Trump. “Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, 2,5 milhões de vidas ou até mais.”
Não é a primeira vez que Trump critica a postura do governo do aliado Jair Bolsonaro. Em 28 de abril, o presidente americano disse que o Brasil enfrentava um “grande surto” do coronavírus e que estudava impor restrições aos voos originados de aeroportos brasileiros.
Já no dia 24 de maio, os Estados Unidos anunciaram a proibição da entrada de pessoas vindas do Brasil. "O potencial de transmissão não detectada do vírus por indivíduos infectados que tentam entrar nos Estados Unidos oriundos do Brasil ameaçam a segurança do nosso sistema de transporte e infraestrutura e a segurança nacional", afirmava o texto da medida assinada pelo presidente norte-americano.
Segundo números do Centro de Recursos da Universidade Johns Hokpins (EUA), os Estados Unidos são o país com mais mortes (108.664) e casos confirmados (1.8883.656) do novo coronavírus. O Brasil fica em terceiro em mortes (34.021), atrás do Reino Unido (40.344), e já é o segundo em números de infectados (614.941).
A pandemia na Suécia
A Suécia tem sido usada como exemplo pelo presidente Jair Bolsonaro e por Osmar Terra, que chegou a ser cotado para a pasta da Saúde após a demissão de Luiz Henrique Mandetta. No início da pandemia, o país europeu decidiu concentrar sua estratégia apenas em medidas voluntárias de distanciamento social e higiene básica, permitindo que escolas, bares e restaurantes continuassem abertos.
Com a estratégia adotada, a Suécia tem 42.939 casos confirmados e 4.639 mortes, segundo números desta sexta, e registra uma taxa de mortalidade muito maior que os seus vizinhos. Por causa da alta taxa de mortalidade, o país foi excluído do plano de reabertura pós-pandemia na região, liderado pela Dinamarca.
Na última quarta (3), o epidemiologista Anders Tegnell, responsável pela estratégia adotada pela Suécia, afirmou que mudaria a estratégia “se encontrasse novamente a mesma doença”. “Acho que ficaríamos satisfeitos em adotar um meio termo entre o que fez a Suécia e o que fez o resto do mundo”, disse. (*) Yahoo
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