Acervo será exposto ao público a partir deste sábado (28), no Cosme Velho. Visitantes poderão ver 124 obras raras de dez pintores modernistas.
A casa onde o jornalista Roberto Marinho viveu no Rio de Janeiro virou um espaço cultural dedicado à arte e à educação. No local, o público poderá ver mais de 1,4 mil obras que ele reuniu ao longo da vida, no bairro do Cosme Velho, na Zona Sul.
O mais novo espaço cultural do Rio foi inaugurado na quinta-feira (26) por Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, filhos de Roberto Marinho.
O centro cultural vai funcionar em uma casa neocolonial, de 1939, construída sob o Cristo Redentor. Desde o início, a construção foi uma aposta no talento nacional. Em vez do estilo europeu em moda na época, a escolha foi a arquitetura colonial brasileira, inspirada numa construção erguida 300 anos antes em Pernambuco, o Solar de Megaípe.
Foi no solar do Come Velho que Roberto Marinho viveu por 60 anos e começou uma coleção de arte com um quadro de José Pancetti. No local, reuniu artistas plásticos, cantores e escritores, em encontros culturais que ficaram na memória da cidade.
O passeio pela Casa Roberto Marinho começa pelo jardim projetado por Burle Marx. É o início de um roteiro feito por artistas consagrados como Franz Krajcberg, autor de uma escultura em vermelho, logo na entrada.
As três telas com imagens do Rio enfeitavam a sala do jornalista no jornal O Globo. O que era um acervo pessoal vai ser exposto ao público a partir de sábado (28).
A Casa Roberto Marinho não tem fins lucrativos. A instituição foi integralmente criada com recursos próprios da família, de forma independente, sem qualquer incentivo ou lei de isenção fiscal.
Todo o segundo andar da casa traz a exposição Modernos 10. São 124 obras de dez dos maiores nomes do Modernismo brasileiro dos anos 1930 e 1940. As obras trazem traços de pintores como Candido Portinari, Djanira, Lasar Segall e Di Cavalcanti.
"Se você quiser ver obras do modernismo dos anos 1930 e 1940, você tem uma certa dificuldade. Os museus de arte moderna são mais devotados a mostrar arte contemporânea. Então, a Casa Roberto Marinho preenche um pouco esse foco. Nossa preocupação foi muito não criar apenas mais uma instituição como outra qualquer mas uma instituição com uma cara e com um perfil", disse Lauro Cavalcanti, diretor do Instituto Casa Roberto Marinho.
Muitas obras são de uma época em que os artistas nem eram conhecidos. Roberto Marinho era amigo e incentivador deles: para Alberto Guignard e José Pancetti, o jornalista comprava tintas e pincéis. Roberto Marinho chegou a escrever um texto para o quadro preferido, "O Boneco", de Pancetti. Diz que "O Boneco" o comovia porque o fazia se lembrar da solidão daquela criança que desenhava o futuro do homem que se tornaria.
Para a abertura da casa, o andar térreo recebe ainda a mostra temporária, "10 Contemporâneos", um diálogo com a produção artística com telas dos dias atuais.
G1 RJ
A casa onde o jornalista Roberto Marinho viveu no Rio de Janeiro virou um espaço cultural dedicado à arte e à educação. No local, o público poderá ver mais de 1,4 mil obras que ele reuniu ao longo da vida, no bairro do Cosme Velho, na Zona Sul.
O mais novo espaço cultural do Rio foi inaugurado na quinta-feira (26) por Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, filhos de Roberto Marinho.
O centro cultural vai funcionar em uma casa neocolonial, de 1939, construída sob o Cristo Redentor. Desde o início, a construção foi uma aposta no talento nacional. Em vez do estilo europeu em moda na época, a escolha foi a arquitetura colonial brasileira, inspirada numa construção erguida 300 anos antes em Pernambuco, o Solar de Megaípe.
Foi no solar do Come Velho que Roberto Marinho viveu por 60 anos e começou uma coleção de arte com um quadro de José Pancetti. No local, reuniu artistas plásticos, cantores e escritores, em encontros culturais que ficaram na memória da cidade.

As três telas com imagens do Rio enfeitavam a sala do jornalista no jornal O Globo. O que era um acervo pessoal vai ser exposto ao público a partir de sábado (28).
A Casa Roberto Marinho não tem fins lucrativos. A instituição foi integralmente criada com recursos próprios da família, de forma independente, sem qualquer incentivo ou lei de isenção fiscal.
Todo o segundo andar da casa traz a exposição Modernos 10. São 124 obras de dez dos maiores nomes do Modernismo brasileiro dos anos 1930 e 1940. As obras trazem traços de pintores como Candido Portinari, Djanira, Lasar Segall e Di Cavalcanti.
"Se você quiser ver obras do modernismo dos anos 1930 e 1940, você tem uma certa dificuldade. Os museus de arte moderna são mais devotados a mostrar arte contemporânea. Então, a Casa Roberto Marinho preenche um pouco esse foco. Nossa preocupação foi muito não criar apenas mais uma instituição como outra qualquer mas uma instituição com uma cara e com um perfil", disse Lauro Cavalcanti, diretor do Instituto Casa Roberto Marinho.
Muitas obras são de uma época em que os artistas nem eram conhecidos. Roberto Marinho era amigo e incentivador deles: para Alberto Guignard e José Pancetti, o jornalista comprava tintas e pincéis. Roberto Marinho chegou a escrever um texto para o quadro preferido, "O Boneco", de Pancetti. Diz que "O Boneco" o comovia porque o fazia se lembrar da solidão daquela criança que desenhava o futuro do homem que se tornaria.
Para a abertura da casa, o andar térreo recebe ainda a mostra temporária, "10 Contemporâneos", um diálogo com a produção artística com telas dos dias atuais.
G1 RJ
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