- deputado Tovar Correia Lima (Foto: Reprodução) |
| EDUCAÇÃO | O
deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) lamentou nesta sexta-feira (30) o
descaso do Governo do Estado para com a Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB). Para o parlamentar, que participou de uma reunião com representantes da
instituição, a situação é grave. Os professores continuam em greve após pouco
mais de quatro meses e os servidores retornaram às atividades, após 8 meses,
sem terem conseguido o reajuste devido.
Para
Tovar, existe um descaso por parte do Governo do Estado que não dá a atenção
devida a universidade. “A falta de investimentos por parte do Executivo
prejudica milhares de estudantes e a própria Campina Grande, assim como os
outros municípios onde existem Campi”, destacou.
Após
ouvir as dificuldades enfrentadas pelos que compõem os quadros da UEPB, o
deputado vai apresentar na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) um pedido
para realizar uma audiência pública com o objetivo de discutir a situação da
universidade. “Vamos conversar com o relator da LOA 2016, o deputado Buba
Germano, para vermos a possibilidade de garantirmos mais orçamento para a
instituição no próximo ano”, afirmou.
Para
este ano, a Lei Orçamentária Anual (LOA) registrou um repasse para a UEPB no
valor de R$ 348.216.500 e para o próximo ano a previsão é de um repasse de R$
337.082.931. “Não é possível reduzir os repasses de uma instituição de educação
tão importante para o Estado. O crescimento só aparece depois com base nas
arrecadações, mas como esperar por isso já que o próprio secretário de
Planejamento tem previsões pessimistas para o próximo ano”, indagou o deputado.
De
acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba
(ADUEPB), a luta dos professores em busca de melhores condições de trabalho e
contra a precarização que tem sido vivenciada na UEPB vem desde o início do
ano. Em fevereiro o Conselho Universitário aprovou um reajuste no valor de 8%,
que não foi concedido.
No
mês de abril foi impetrado um mandado de segurança como forma de garantir o
direito da categoria. O resultado saiu no mês de julho, quando o juiz da 3ª
Vara da Fazenda Pública de Campina Grande, Ruy Jander, determinou o cumprimento
de 6,41% de reposição das perdas salarias. A decisão foi descumprida pelo
reitor, que autorizou apenas a implantação de 1% de reajuste nos contracheques
dos servidores da instituição.
Na
avaliação da direção da ADUEPB “não foi constatado nenhum avanço relativo à
pauta de reivindicação da categoria, como Data-Base, reajuste salarial, revisão
dos contratos dos professores substitutos, construção e melhorias nos campi de
Monteiros, Patos, Araruna, Guarabira e João Pessoa, impossibilitando o fim do
movimento.”
Os
professores continuam em greve e ocupando o prédio da reitoria em busca de uma
audiência com o governador Ricardo Coutinho (PSB). Atualmente a UEPB tem um
quadro de mais de 1.300 professores distribuídos nos oito campi da instituição
no Estado. (Assessoria)
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