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- ex-presidente Lula (Foto: Reuters). |
Além
de Lula, a Polícia Federal também pediu ao Supremo para ouvir os ex-ministros
Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Ideli Salvatti (Relações Institucionais)
e José Dirceu (Casa Civil), que está preso em Curitiba acusado de envolvimento
nesse esquema, além de já ter sido condenado por envolvimento no esquema do
mensalão.
"Atenta
ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação năo pode se
furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do
país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo
vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a
manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios
i1ícitos na referida estatal", diz o requerimento, assinado pelo delegado
da PF Josélio Azevedo de Sousa.
"Neste
cenário fático, faz-se necessário trazer aos autos as declarações do então
mandatário maior da nação, Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de que apresente a
sua versão para os fatos investigados, que atingem o núcleo político-partidário
de seu governo", diz ainda o documento.
O
requerimento diz ainda que a presidente Dilma Rousseff, que ocupou os cargos de
ministra de Minas e Energia entre 2003 e 2005, de presidente do Conselho de
Administração da Petrobras entre 2003 e 2010 e de ministra-chefe da Casa Civil
entre 2005 e 2010 "não pode ser investigada pelos fatos ocorridos nesses
períodos", devido a dispositivo constitucional que impede que o presidente
da República, na vigência de seu mandato, seja responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções.
Segundo
o STF, o pedido foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, a quem caberá
decidir sobre os próximos passos.
Procurado,
o Instituto Lula informou que não comentaria por desconhecer o documento.
Entre
outras pessoas que o delegado considera necessário ouvir estão o presidente
nacional do PT, Rui Falcão, e os ex-presidente da Petrobras José Sérgio
Gabrielli e José Eduardo Dutra.
(Reuters Brasil/Reportagem
de Leonardo Goy e Maria Carolina Marcello)
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