Os depoimentos têm a ver com empréstimos a fundo perdido do Empreender na eleição de 2014.
Ricardo entrega checão (Foto: Divulgação/Internet). |
Os
depoimentos passaram a ser colhidos, a partir de denúncia do uso indevido dos
recursos do Empreender PB em troca de votos. Até onde o Blog pode apurar, os
depoimentos, em sua maioria, corroboram as denúncias, inclusive dados da
Controladoria Geral do Estado, indicando uma grande inadimplência nos
contratos, e a concessão de empréstimos sem os documentos obrigatórios.
Aliás,
somente após ouvir esse exército de testemunhas, o MPE decidiu impetrar a ação.
Advogados do governador Ricardo Coutinho pediram a extinção da ação, mas a
Justiça Eleitoral, não apenas negou, como ainda, ao unir as duas AIJEs,
robusteceu o feito. As testemunhas serão ouvidas na audiência de 21 de agosto,
que foi convocada pelo desembargador-corregedor José Aurélio da Cruz.
Abuso
de poder – “O abuso de poder econômico encontra-se igualmente configurado nos
autos a partir do desvio de finalidade no uso da máquina pública com o
consequente gasto de vultosas quantias que estavam à disposição do então
candidato à reeleição e atual governador do Estado da Paraíba”, dizem os
procuradores federais eleitorais, no protocolo da AIJE.
“Fundo
perdido” – Segundo argumentação dos procuradores “a liberação de recursos no
período das eleições trouxe uma imagem positiva para o então candidato, sendo
inegável que a repercussão e o condão de irradiar consequências no próprio
pleito, porquanto os eleitores contemplados com os empréstimos ‘a fundo
perdido’ (os indícios apontam nesse sentido) em período próximo ou concomitante
ao período eleitoral, ainda que inconscientemente, inevitavelmente vinculam a
obtenção do valor ao candidato promovente do programa, revertendo em seu favor
o voto. No mesmo sentido, é consequência lógica a propaganda positiva no meio
social por parte daquele que foi contemplado”. (Blog do Helder Moura)
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