Nessa
quarta-feira (22) foi realizada na cidade de Bananeiras a última das cinco
reuniões realizadas pelo Governo do Estado para capacitar prefeitos,
secretários municipais de agricultura, agricultores familiares, estudantes e
técnicos para a implantação do programa estadual de barragens subterrâneas.
Neste mês já foram realizadas reuniões em Campina Grande, Sumé, Patos, Sousa
com o mesmo objetivo.
O
Governo do Estado, em parceria com as prefeituras, vai construir duas mil
barragens que beneficiarão mais de 50 mil agricultores familiares paraibanos. A
implantação das barragens subterrâneas vai ser operacionalizada pela Secretaria
de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds).
A
adesão das prefeituras ao Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem como
condição de acesso às barragens é necessária porque vincula sua contrapartida
nas obras, através da utilização das máquinas fornecidas pelo Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
“Mostramos
que os custos para as prefeituras como para o Estado são mínimos e os efeitos
são de inclusão produtiva para as mais de duas mil famílias que serão
beneficiadas com as barragens subterrâneas. Cada prefeitura gastará em média de
seis a oito horas de máquinas, o que gera cerca de R$ 200 em combustível e o
Governo entrará com aproximadamente R$ 3 mil para cada barragem”, afirmou o
secretário da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, Lenildo
Morais, destacando ainda que até o momento mais de 70 prefeituras já aderiram
ao programa através do portal da Secretaria de Articulação Municipal.
Dentre
os prefeitos presentes ao evento estiveram os de Nova Floresta, João Elias;
Caserengue, Luis Carlos; o vice-prefeito de Tacima, Bilac Soares; e os
secretários de agricultura de Arara, José Cláudio; Bananeiras, Marcilio
Lourenço; Caserengue, Raniery; Damião, Raimundo de Azevedo; Frei Martinho,
Isabeli Cristina; Lagoa de Dentro, João Pedro da Silva; Nova Floresta, Ademir
Cordeiro; Pedro Régis, José Aguinaldo; Picuí, Karkon; Remígio, Isabel Cristina;
Serra da Raiz, Edson Míguel e de Solânea, Walnir de Meneses.
O
prefeito de Bananeiras, Douglas Lucena, representando os demais, parabenizou os
presentes na pessoa do secretário de Estado, Lenildo Morais, e fez um alerta
para que os governantes não se enganem com o verde da vegetação do Brejo, pois
a falta de água já afeta toda a região.
“Nossa
cidade vive uma crise no abastecimento, mas essa não é uma realidade só nossa e
sim de toda a região. A estiagem, que é uma realidade vivida por muitos
paraibanos, é muito mais incisiva na nossa região, pois nunca precisamos nos
preocupar com a falta de água. Muitos moradores de Bananeiras nem caixa de água
tinham em virtude de nunca ter nos faltado água nas torneiras, por isso essa
reunião é fundamental para nos adaptarmos a essa nova realidade”, afirmou
Douglas Lucena.
Programa
Viva Água - Em junho, o governador
Ricardo Coutinho anunciou investimento de mais de R$ 133 milhões, por meio do
Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem (Programa Viva Água). Desse
montante, R$ 80 milhões correspondem aos recursos do Estado e R$ 53 milhões são
oriundos do Governo Federal.
Barragem
subterrânea - Barragem subterrânea é uma tecnologia que permite armazenar água
no subsolo, sendo usada para ajudar na produção, principalmente no período de
estiagem. Deve ser construída nos períodos em que o nível da água subterrânea
estiver mais baixo. Após a identificação do local adequado à construção, é
feita uma abertura transversal ao leito de um riacho. Esta abertura pode ser
feita de forma manual ou mecânica (retroescavadeira). Em seguida é colocado
material impermeável (argila, lona plástica etc.), de modo que venha impedir o
fluxo natural da água subterrânea. Concluída a obra, a vala é totalmente
preenchida com o próprio material que foi retirado. (Secom-Pb)
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