As pesquisas de intenção de voto divulgadas na última sexta-feira (26) pelos institutos Indice e SETA apontam um mesmo cenário na disputa pelo Governo da Paraíba: o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), lidera de forma isolada e com vantagem consistente sobre os demais pré-candidatos, no cenário estimulado e já sem o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD), que desistiu da disputa.
No levantamento do Instituto Indice, realizado entre os dias 22 e 24 de dezembro de 2025, Cícero Lucena aparece com 37,10% das intenções de voto, abrindo uma diferença de quase 19 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, o vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas), que soma 18,50%. O senador Efraim Filho (União Brasil) surge em terceiro, com 14,40%. O alto percentual de indecisos (20,10%) e de eleitores que rejeitam os nomes apresentados (9,90%) indica um eleitorado ainda em processo de definição, mas que, até o momento, reconhece Cícero como principal referência da disputa.
Já a pesquisa do Instituto SETA, realizada entre os dias 20 e 23 de dezembro, confirma a liderança do prefeito da capital, que alcança 38% das intenções de voto. Embora os percentuais de Lucas Ribeiro (26,1%) e Efraim Filho (19,7%) sejam superiores aos registrados pelo Indice, a distância entre Cícero e seus adversários permanece significativa, especialmente considerando a margem de erro de 2,5 pontos percentuais. Nesse levantamento, a taxa de indecisos cai para 10,5%, o que sugere um eleitorado ligeiramente mais consolidado.
A comparação entre os dois estudos evidencia que, apesar das variações nos números absolutos — explicadas por diferenças de amostra, período de coleta e metodologia —, o desenho geral do cenário eleitoral é semelhante. Cícero Lucena mantém desempenho estável próximo a 38% nas duas pesquisas, enquanto seus principais concorrentes disputam a segunda colocação, sem conseguir reduzir de forma expressiva a vantagem do líder.
O conjunto dos dados reforça a percepção de que Cícero entra na fase inicial da corrida estadual como favorito, com base eleitoral sólida e ampla visibilidade, enquanto Lucas Ribeiro e Efraim Filho ainda dependem da consolidação de seus nomes junto a um contingente relevante de eleitores indecisos e de votos hoje dispersos entre rejeição e indefinição.
(*) Editorial Plugados

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