Consumo de álcool aumenta no fim de ano e exige atenção redobrada com a saúde


Com a chegada do fim de ano, marcada por confraternizações, festas e altas temperaturas, o consumo de bebidas alcoólicas tende a aumentar. Embora seja comum nessas celebrações, o excesso pode trazer riscos à saúde, especialmente durante o verão, quando o organismo já perde mais líquidos naturalmente e a falta de hidratação adequada pode potencializar os efeitos negativos do álcool.


De acordo com a nutricionista da Hapvida, Adilla Almeida, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode trazer impactos imediatos e também consequências a longo prazo para a saúde. “O consumo excessivo de álcool pode ocasionar, a curto prazo, desidratação e sintomas como dor de cabeça, náuseas e visão turva. A longo prazo, os riscos incluem carências nutricionais, problemas neurológicos e comprometimento da imunidade”, explica.


A nutricionista ressalta que durante o verão, as altas temperaturas favorecem a perda de líquidos por meio do suor. Quando associadas ao consumo de bebidas alcoólicas, esse processo tende a se intensificar, aumentando os riscos de desidratação e mal-estar, especialmente em festas prolongadas e ambientes com pouca ventilação. Ela destaca que o efeito diurético do álcool, somado ao calor, pode agravar os sintomas no organismo. “Com a maior produção de suor e o aumento do ritmo urinário, o risco de desidratação se intensifica, podendo causar sintomas como náuseas, visão turva, pele seca e até retenção de líquidos, principalmente nos membros inferiores”, alerta.


Para minimizar esses impactos, a hidratação adequada e a alimentação equilibrada desempenham papel fundamental durante o consumo de álcool. A especialista orienta a intercalar bebidas alcoólicas com água e evitar beber em jejum são medidas simples, mas eficazes. “Beber bastante água ajuda a prevenir a desidratação e a intoxicação causada pelo álcool. Além disso, se alimentar antes, durante e após o consumo faz diferença, pois os alimentos retardam a absorção do álcool, mantém a glicose mais equilibrada e ajudam a evitar ressacas severas”, pontua.


Combinações perigosas – Outro hábito comum nas confraternizações de fim de ano é a mistura de diferentes tipos de bebidas alcoólicas, o que pode dificultar o controle da quantidade ingerida ao longo da festa. A combinação de álcool com bebidas energéticas, também frequente nesses eventos, exige atenção redobrada.


Sobre essas combinações, Adilla alerta: “Bebidas diferentes possuem teores alcoólicos distintos, o que pode levar ao descontrole da ingestão. Por isso, a principal orientação é sempre a moderação. Já a mistura do álcool com substâncias estimulantes pode causar sobrecarga cardiovascular. A curto prazo, pode provocar taquicardia, tontura, insônia e aumento da pressão arterial. A longo prazo, pode gerar alterações metabólicas e sobrecarga de órgãos como o coração e o fígado”.


Interações – Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 10,2% da população brasileira vive com diabetes, enquanto 24,5% dos adultos têm diagnóstico de hipertensão. Segundo a especialista, pessoas com essas condições precisam ter cuidados ainda mais rigorosos em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, especialmente durante o período de festas.


A nutricionista ainda alerta que o álcool pode interferir diretamente no tratamento dessas condições. “O álcool pode comprometer a ação de determinados medicamentos, por isso é preciso ter muito cuidado. Diabéticos devem monitorar a glicemia, evitar bebidas açucaradas, o excesso de álcool e o jejum prolongado. Já os hipertensos devem seguir essas recomendações e evitar bebidas estimulantes”, explica.


Para aproveitar as confraternizações de fim de ano com mais segurança, a nutricionista reforça que o consumo consciente deve ser prioridade. Além disso, respeitar os limites do corpo, manter-se hidratado e adotar uma alimentação equilibrada são atitudes que ajudam a reduzir os impactos do álcool, especialmente durante o verão. (*) Ascom

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