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| Foto: Alf Ribeiro / Shutterstock. |
O Brasil e a China assinaram um memorando de entendimentos para desenvolver estudos conjuntos sobre um corredor ferroviário que ligará o oceano Atlântico ao Pacífico, conectando o Brasil ao Peru por meio da Ferrovia Bioceânica.
O projeto pretende integrar a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), a Fico (Ferrovia de Integração Centro-Oeste) e a Ferrovia Norte-Sul (FNS) até o porto de Chancay, no Peru — recém-inaugurado pelos chineses.
A assinatura aconteceu nesta segunda-feira (7), no Ministério dos Transportes, em Brasília, com participação da estatal Infra S.A. e do China Railway Economic and Planning Research Institute.
O trecho brasileiro já está em parte em construção e inclui:
- Fiol: de Ilhéus (BA) a Mara Rosa (GO)
- Fico: de Mara Rosa (GO) a Lucas do Rio Verde (MT)
- FNS: de Açailândia (MA) a Estrela d’Oeste (SP)
A partir de Lucas do Rio Verde, a futura Ferrovia Bioceânica seguirá pela fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, cortando Rondônia e o sul do Acre, até alcançar Chancay, a apenas 70 km de Lima, capital peruana.
Rotas de Integração Sul-Americana
Esse projeto faz parte das Rotas de Integração, lançadas em 2023 pelo governo federal, que buscam conectar rodovias, ferrovias, hidrovias e portos com países vizinhos, dentro do Novo PAC.
O estudo da malha ferroviária brasileira será aprofundado pelos chineses, com foco em um sistema multimodal de transportes e aproveitamento de projetos já em andamento no país.
O acordo faz parte de uma parceria estratégica entre Brasil e China, firmada entre os presidentes Lula e Xi Jinping, e também foi citado durante a Reunião de Líderes do Brics no Rio de Janeiro.
Na declaração final, o grupo BRICS reforçou o compromisso com o desenvolvimento de uma infraestrutura de transporte sustentável, resiliente e integrada, respeitando a soberania dos países envolvidos.
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