Desde o início da gestão de Lula, essas MPs têm sido frequentemente rejeitadas sem a devida discussão.
Hugo Motta, que se apresenta como candidato à presidência da Câmara, manifestou sua intenção de dialogar com o novo presidente do Senado sobre a tramitação das medidas provisórias (MPs). Desde o início da gestão de Lula, essas MPs têm sido frequentemente rejeitadas sem a devida discussão. A relação entre a Câmara e o Senado em relação ao rito das MPs é marcada por conflitos históricos, complicando a aprovação dessas medidas. Em 2023, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu reativar as comissões mistas, mas essa iniciativa enfrentou resistência por parte de Arthur Lira, presidente da Câmara.O deputado federal Hugo Motta (REPU-PB). Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados.
Lira organizou um boicote que resultou na instalação de poucas comissões, levando o governo a buscar alternativas por meio de projetos de lei, uma estratégia que se mostrou necessária diante da situação. Desde o início do seu mandato, Lula editou um total de 120 MPs, mas apenas 15 delas conseguiram ser aprovadas. Para reverter esse cenário, Motta se comprometeu a negociar um novo rito que possibilite a retomada do uso das MPs, o que exigirá a aprovação de uma proposta de emenda constitucional (PEC).
Além disso, o líder do PT na Câmara, Odair Cunha, destacou a importância de três temas que precisam de atenção: a reforma da renda, a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e a regulamentação das redes sociais. Esses assuntos são considerados prioritários para o avanço das políticas do governo. Motta também se mostrou disposto a debater a legislação voltada ao combate à disseminação de notícias falsas.
No entanto, ele reconheceu que o partido que o apoia, o PL, é contrário a essa proposta. O deputado elogiou o trabalho de Orlando Silva na criminalização das “fake news”, mas admitiu que a forma como o projeto foi apresentado dificultou sua aprovação no Congresso. (*) @jovempannews
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