A especialista, porém, alerta para excessos, a exemplo do consumo exagerado de bebidas alcoólicas, de situações que podem colocar a vida em risco ou que podem gerar comportamentos inadequados, como o assédio.
Festa, descanso, lazer e muitas histórias para contar: o carnaval costuma ser uma época do ano muito animada e desejada. De acordo com a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Ivana Teles, a folia pode trazer uma série de benefícios à saúde mental e ao organismo, como um todo. Foto: Ascom / Divulgação.
“É um período de muita alegria, muita festa e muita curtição, e um ótimo momento em que a gente pode aproveitar para rever parentes distantes, estar próximo dos nossos amigos, das pessoas que amamos. É uma época propícia para confraternizar, pois assim conseguimos ter a nossa dopamina (o chamado ‘hormônio da felicidade’) em dia”, conta.
Outro ponto de destaque é a ludicidade proporcionada pelas fantasias, que, segundo ela, trazem à tona alguns elementos que as pessoas costumam deixar guardados, muitas vezes, por convenção social, e que acabam sendo demonstrados com leveza nesse período.
A especialista ainda ressalta que, além da folia, o Carnaval também pode ser aproveitado para descansar e relaxar. “Numa rotina cheia de estresses e responsabilidades, pausas são necessárias”.
Nem tudo o que reluz é glitter - Ivana Teles ressalta, ainda, alguns aspectos que merecem atenção durante o Carnaval, pois podem representar pontos de alerta. É o caso da ansiedade para a chegada da data, oriunda de um sentimento de que aquele seria o único momento de alegria possível.
“Isso gera o questionamento: qual o estilo de vida que você está levando? Ele depende, necessariamente, de encontrar prazer e divertimento em feriados, fins de semana e férias? Essa análise pode sinalizar um excesso de sobrecarga de trabalho e situações estressantes, fazendo com que esses momentos sejam uma espécie de fuga. Por isso, é importante lembrar que a nossa vida também está dentro da rotina e ela precisa ter equilíbrio”, defende.
A psicóloga alerta para outros tipos de excessos, a exemplo do consumo exagerado de bebidas alcoólicas, de situações que podem colocar a vida em risco ou que podem gerar comportamentos inadequados, como o assédio.
“Muitas mulheres se sentem, muitas vezes, constrangidas, inibidas e, às vezes, até culpadas por algo que não é culpa delas. Porque estavam em determinado local, ou horário da noite, ou usando certo tipo de roupa e pensam: ‘Poxa, a culpa é minha por eu ter passado por isso’. E não é! Então, entender sobre essa dinâmica e pedir ajuda é necessário”, orienta.
Denuncie - O Canal Delas, criado pela Hapvida NotreDame Intermédica em parceria com a ONG As Justiceiras, é uma plataforma na qual clientes podem denunciar casos de assédio e violência doméstica. O projeto tem como objetivo suprir a necessidade de canais e sistemas alternativos para combater e prevenir a violência de gênero, e conta com uma força tarefa voluntária de mulheres para oferecer orientação jurídica, psicológica, socioassistencial, médica e rede de apoio e acolhimento.
Para se conectar, basta acessar o link Canal Delas (https://linktr.ee/canaldamulherhapvidandi), disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. (*) Ascom
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