O líder do União Brasil, senador Efraim Filho (PB), já identificou uma nova trincheira de luta. Ele está perplexo com os baixos salários do serviço público oferecidos aos médicos, categoria profissional imprescindível na sociedade moderna.Foto: Pablo Valadares / CD.
Efraim cita, como exemplo, a remuneração de um médico para 20h semanais, no concurso público federal unificado, o chamado Enem dos Concursos, cujo edital está aberto. O salário base para 20 horas semanais de um médico é de R$ 2.149,90. Com a gratificação, o salário chega a R$ 4.907,90.
“É o segundo salário mais baixo oferecido no concurso, só perdendo para ‘técnico em informação em geografia e estatística’, cargo para o qual se exige nível médio de escolaridade. Veterinário, por exemplo, pode se candidatar ao concurso, cujo salário inicial é três vezes maior do que aquele oferecido aos médicos. A remuneração para veterinário é de R$15.800” , argumenta o senador.
“É um salário que não condiz com a cara e longa formação acadêmica que se exige dos médicos”, pondera Efraim.
O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) da Paraíba, Bruno Leandro de Souza, explica que os médicos têm sido submetidos a uma extenuante agenda de trabalho.
“O médico, de modo geral, vem sendo submetido, por um lado, a um processo de dependência de empresas prestadoras de serviços, muitas das quais mercantilistas e que visam exclusivamente ao lucro, e, por outro, se submete a multiempregos, cujo principal patrão é o governo, formando um modelo cujo resultado é o aviltamento salarial, levando-o a um acentuado desgaste físico e mental”, diz Dr. Bruno Leandro.
NOVO PISO
Efraim entende que é hora de regulamentar um novo piso salarial para médicos e dentistas, até para garantir mais dedicação e presteza ao atendimento oferecido à população.
O senador Efraim Filho está apoiando a proposta que visa a corrigir essa distorção. Ele afirma que vai mobilizar os parlamentares para agilizar a tramitação, no Senado Federal, do projeto de lei (PL 1365/2022), que fixa novo salário mínimo para médicos e cirurgiões dentistas. Pela proposta, o piso da categoria passa a ser de R$10.991,19 para a jornada de trabalho de 20 horas semanais, além dos adicionais de hora extra e noturno, ambos em 50% sobre a remuneração do trabalhador.
Afirma o Senador Efraim Morais:
“Três em cada quatro brasileiros dependem exclusivamente do SUS.
O SUS merece respeito!
O Profissional de Saúde merece respeito!
E, sobretudo, o Cidadão e a Saúde do Povo Brasileiro exigem respeito!”
(*) @politika
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