Rio: Acadêmicos do Salgueiro gera polêmica com 'demônio' em desfile no Carnaval

Com mais de 100 metros de comprimento, e 16 de altura, parte do veículo, que acompanhou o enredo “Delírios de Um Paraíso Vermelho”. 

Foto: Twitter / Reprodução. 
A escola de samba carioca Acadêmicos do Salgueiro desfilou, na madrugada desta segunda-feira (20), na Sapucaí, no Rio de Janeiro, com um carro que gerou polêmica. Com mais de 100 metros de comprimento, e 16 de altura, parte do veículo, que acompanhou o enredo “Delírios de Um Paraíso Vermelho”, apresentava um demônio gigantesco e alegorias aos pecados bíblicos.  

“O ser humano é filho da queda, desorientado pela condenação aos limites mundanos. Aqui na Terra, jardim dos exilados, o inferno são os outros. A cada juízo, uma condenação. tudo é perversão e pecado. Tudo é proibido. Grandes olhos vigiam a vida dos outros e sentenciam à margem quem desafia os ‘costumes’: exclusão, apagamento. A obediência anda incorporada na culpa”, narra trecho do samba-enredo. A canção completa: “Quem há de ter pecado maior? Louvados sejam os excluídos, louvados sejam os rejeitados”.  

Nas redes sociais, as alegorias, que também incluíram outros símbolos cristãos como a cobra e a maçã, descritos no Gêneses, foram tidas como provocadoras. “Muito de mau gosto! Criatividade não explora a crença alheia. Jesus é amor, é acolhimento a todos! Confundir isso é um mostra da ignorância de vocês. Ridículo”, criticou uma mulher na publicação feita pela escola de samba no Instagram. “Tomara que seja desclassificado”, desejou um usuário. 

Em contrapartida, o caráter “profano” do Carnaval foi visto como parte importante do desfile por quem defendeu a Salgueiro. “O pecado está em quem critica, não no Carnaval. É um festejo de costumes pagãos, caracteriza-se pela liberdade de expressão”, pontuou uma usuária do Twitter.  

“O diabo está em cada marido que agride a esposa, em cada mãe que abandona seus filhos, em cada um de nós quando viramos as costas para uma pessoa em situação de rua, não em um desfile. Ama teu próximo como a si mesmo! Deus quer boas ações, não ódio ou orações vazias”, comentou outro defensor.  (*) Créditos: O Tempo


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