Bolsonaro faz defesa da liberdade de imprensa após decisão do TSE sobre Jovem Pan

Foto: Jovem Pan / Reprodução. 
Sem mencionar especificamente o Tribunal Superior Eleitoral, mas citando a Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma acalorada defesa da liberdade de imprensa, após decisão do TSE envolvendo comentários de jornalistas da emissora sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa o segundo turno contra o candidato à reeleição.

"A imprensa tem que ter liberdade até para errar. Imprensa calada é o que pior pode acontecer para uma democracia", disse Bolsonaro em comício em Guarulhos, na Grande São Paulo.

O presidente, que já mandou jornalistas calarem a boca em entrevistas e se referiu a um veículo como "m... de imprensa", fez essa defesa ao comentar decisão do TSE, cujos ministros são alvos de constantes ataques pelo mandatário.

A corte eleitoral concedeu direito de resposta à coligação de Lula na Jovem Pan depois de jornalistas da emissora terem afirmado que o petista não foi inocentado e sim "descondenado" pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O TSE determinou ainda que a emissora e seus comentaristas não façam novas manifestações "sobre os fatos tratados nas representações", o que tem sido avaliado como censura prévia por alguns.

Lula teve suas condenações na operação Lava Jato anuladas pelo Supremo, o que significa, do ponto de vista legal, que ele é uma pessoa inocente.

No comício em Guarulhos, Bolsonaro voltou a chamar Lula de ladrão e usou justamente a expressão "descondenado" para se referir ao petista.

O presidente voltou a dizer, sem explicar como isso se dará, que a questão da liberdade se "acalmará" no país caso seja reeleito.

"Temos certeza, se Deus quiser, após o dia 30 de outubro, com a nossa reeleição, a questão da liberdade se acalmará em nosso país", disse.

"Haverá uma maior independência entre os Poderes", acrescentou. "Nós não queremos atrito, mas não podemos permitir que a nossa liberdade continue sendo açoitada."

Bolsonaro já chegou a dizer que não respeitaria decisões de ministros do STF e seguidamente tem atacado presidentes do TSE. (*) Reuters via Yahoo

Compartilhe no Google Plus
    Faça seu comentario pelo Gmail
    Faça seu comentario pelo Facebook

0 comments:

Postar um comentário