Doria diz trabalhar pela vida e ataca Bolsonaro: 'Não fui quem chamei de 'maricas' quem usa máscara'

Foto: AP Photo / André Penner. 
João Doria, governador de São Paulo, confirmou nesta segunda-feira (14) o adiamento da entrega dos documentos com os resultados definitivos da Coronavac à Agência Nacional de Fiscalização Sanitária (Anvisa). Inicialmente, os papeis seriam entregues no dia 15, mas agora serão liberados no dia 23 de dezembro.

Em entrevista à Rádio CBN, o tucano negou qualquer tipo de problema e disse não haver risco algum sobre a viabilidade da vacina contra o coronavírus, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

“Adiou uma semana exatamente para melhorar os aspectos de análise da eficácia da vacina. O adiamento de uma semana é pelo bem, não pelo mal. Não é pelo risco, mas pela vantagem", afirmou o governador.

A aprovação e uso da Coronovac têm sido alvo de uma disputa política entre Doria e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), duramente criticado pelo governador paulista.

"Eu sonho com a imunização dos brasileiros, eu sonho com a vida, e trabalho por ela (...) Eu luto pela vida, e tenho feito isso desde o primeira pessoa infectada aqui em São Paulo, no dia 26 de fevereiro. Não fui eu quem falei que era uma 'gripezinha', um 'resfriadozinho'. Não fui eu quem disse 'e daí'. Não fui quem recomendei cloroquina, não fui quem estabeleci procedimentos não adequados. Não fui quem chamei de 'maricas' quem usa máscara, quem chamou de 'covarde' quem fica em casa fazendo isolamento por ter mais de 60 anos", disse Doria ao chamar Bolsonaro de negacionista.

Caminho alternativo

Caso a autorização do imunizante na Anvisa não avence, o governo paulista trabalha com um outro processo de autorização. De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, o documento final da vacina também é avaliado pela agência regulatória chinesa e, se aprovado, poderia ser usado como justificativa para um pedido de aplicação emergencial no Brasil.

Isso é possível porque há uma lei promulgada no início de 2021 sobre o enfrentamento da pandemia, que determina a liberação do uso de medicamentos e equipamentos para combater o vírus desde que registrados em agências de cinco país, incluindo a China. Caso aconteça, a Anvisa terá um prazo de 72 horas para se manifestar sobre a CoronaVac.

Mesmo com o impasse sobre o imunizante do Butantan, Doria reafirmou que a vacinação em São Paulo começará no dia 25 de janeiro. (*) Yahoo

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