Universitário é preso suspeito de fingir ser mulher por dois anos para tirar R$ 70 mil de vítima no Piauí

Operação Catfish prendeu universitário e um colega. Os dois são suspeitos de participar do estelionato. Vítima percebeu o golpe após assistir a reportagem na TV. 

Vítima conversou por 2 anos apenas online com o suspeito. Foto: Bruno Alencastro. 
Um universitário de 20 anos do curso de fisioterapia de Parnaíba, litoral do Piauí, que não teve seu nome informado, foi preso nesta terça-feira (11) suspeito de se passar por uma mulher, durante dois anos, e fingir um relacionamento amoroso com um homem de Teresina. Segundo a Polícia Civil do Piauí, ele fez com que a vítima, um homem de 40 anos, se apaixonasse por ele e lhe desse dinheiro. A vítima teve um prejuízo de R$ 70 mil.

O rapaz e um comparsa foram presos na Operação Catfish, da Polícia Civil do Piauí. Segundo o delegado Matheus Zanatta, gerente de Polícia Especializada, a vítima assistiu a uma reportagem na TV sobre "estelionato amoroso" e percebeu que estava caindo em um golpe.

"É muito difícil a vítima denunciar, porque ela tem vergonha de admitir que acreditou. Já é difícil denunciarem estelionato, mas estelionato amoroso mais ainda, porque a vergonha é muito grande. Neste caso, ele percebeu e denunciou, conseguimos identificar o autor e fizemos a prisão dele e de um colega, que recebia os valores enviados pela vítima em sua conta bancária", contou o delegado.

Segundo Zanatta, os dois se conheceram em um chat online quando ambos moravam em Parnaíba. Depois, passaram para um aplicativo de mensagens e a vítima mudou-se para Teresina. Ao longo desses dois anos, o suspeito nunca se encontrou com a vítima.

"Ele enviava fotos de uma mulher, fingindo ser ela, mas eram fotos que ele pegava na internet. Quando foi preso, ele confessou que tinha esses perfis e que aplicava o golpe assim", disse.

Durante o período do "relacionamento", segundo o delegado, a vítima chegou a fazer mais de 50 depósitos bancários para a "mulher". Diante disso, a polícia solicitou à justiça o bloqueio das contas bancárias e dos veículos dos dois presos.

"É uma forma de tentarmos ressarcir e minimizar um pouco os prejuízos sofridos pela vítima", contou.

Segundo ele, esse tipo de golpe, conhecido como "estelionato do amor" ou "estelionato amoroso", tem sido bastante comuns no Brasil, mas as vítimas dificilmente denunciam, por conta do constrangimento diante da situação.

Catfish - Nas redes sociais, o termo ficou conhecido por designar a pessoa que finge ser outra para atrair vítimas, amorosamente, com o intuito de aplicar golpes, em geral financeiros. (*) G1 PI


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