Mais de 4 milhões de estudantes farão Enem 2025; psicólogo dá dicas de como manter o equilíbrio durante a prova

Foto: Créditos / Freepik. 

Irritabilidade, dificuldade de concentração e sensação de sobrecarga devido ao excesso de estudos: esses são alguns dos sintomas que podem afetar a vida de um estudante durante a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que, em 2025, será aplicado nos próximos domingos (9 e 16). Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), das 4.811.338 inscrições confirmadas, cerca de 1.508.772 são de estudantes que estão concluindo o terceiro ano.


Para muitos desses concluintes, a prova representa a principal porta de entrada para o ensino superior, o que intensifica a pressão emocional. Um levantamento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) aponta que, entre adolescentes de 15 a 19 anos, a taxa de ansiedade chega a 157 casos para cada 100 mil jovens. O índice é superior ao registrado entre adultos, que é de 112,5 por 100 mil. O psicólogo da Hapvida, Marcos Sueudy, listou algumas dicas de como manter o equilíbrio durante a prova.


De acordo com o especialista, a ansiedade pode se manifestar tanto no estado emocional quanto no corpo. “Muitos jovens apresentam irritabilidade, dificuldade de concentração e sensação de exaustão. Também é comum que ocorram dores de cabeça, tensão muscular, alterações no sono e problemas gastrointestinais”, explica.


Sueudy destaca que sentir ansiedade antes da prova é esperado e pode até ser positivo, por estimular o foco. No entanto, a pressão para passar na prova pode gerar uma sobrecarga emocional, comprometendo diretamente o resultado no exame. “É um contexto que pode aumentar o estresse, reduzir o foco e gerar bloqueios cognitivos, por exemplo. O estudante até sabe o conteúdo, mas perde acesso a ele por exaustão emocional”, afirma.


Para manter o equilíbrio, o psicólogo sugere algumas práticas simples, como pausas regulares, uma boa rotina de sono, um ambiente de estudo confortável, técnicas de respiração e, principalmente, evitar comparações com outros candidatos.


O papel da família – A presença e o apoio familiar são essenciais. O psicólogo afirma a importância de validar sentimentos positivos, oferecendo segurança e equilíbrio na vida do estudante.


Entretanto, caso a pressão venha de casa, Sueudy recomenda que o estudante converse de forma respeitosa. “A família deve acolher, ouvir e evitar cobranças exageradas. Quando há excesso de pressão, o estudante pode e deve expressar limites de forma respeitosa: ‘Eu preciso de apoio, não de cobrança’. É importante também explicar como a pressão afeta o desempenho; isso ajuda a família a ajustar o comportamento”, sugere.


O psicólogo reforça que o exame é apenas parte de um caminho maior. “O Enem é uma etapa, não um destino final. Há múltiplos caminhos acadêmicos e profissionais, e a vida real permite ajustes, recomeços e novas oportunidades. Além disso, nenhuma prova define o valor ou o potencial de alguém. O importante é o processo, não um único dia”, pontua. (*) Ascom

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