“Em pouco tempo vou estar solta", diz Carla Zambelli em depoimento na CCJ da Câmara

Foto: Renato Araújo / Câmara dos Deputados. 

A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou, em depoimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta quarta-feira (24), que espera ser libertada em breve na Itália, onde aguarda decisão sobre seu pedido de extradição. As informações são da Agência Câmara de Notícias. 


Zambelli, que foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, classificou seu processo como "injusto do começo ao final". Ela declarou sua expectativa de provar sua inocência perante a CCJ e o Plenário da Casa.


“Em pouco tempo, não vou estar mais dentro de um presídio, vou estar solta, porque o processo foi todo injusto, do começo até o final, e espero que consiga provar isso aqui também na CCJ e no Plenário”, declarou a parlamentar.


Principais pontos do depoimento:


  • Defesa: Zambelli contestou as acusações do hacker Walter Delgatti Neto, que a vinculou ao crime, e negou ter tido contato frequente com ele.
  • Críticas ao STF: A parlamentar criticou a condução do processo pelo ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele atuou como "vítima, relator e julgador". Ela também alegou existir uma "sanha persecutória" do STF contra parlamentares, citando o caso do ex-deputado Daniel Silveira.
  • Prisão: Zambelli argumentou que sua prisão preventiva é ilegal, pois deputados só poderiam ser presos em flagrante por crime inafiançável.
  • Situação atual: Condenada à perda do mandato e a dez anos de prisão, a deputada licenciada encontra-se atualmente detida na Itália. Um deputado presente à sessão avaliou que a situação é "desfavorável" para ela, pois a condenação a impede de exercer o mandato.


Próximos passos:


Após o exame pela CCJ, o caso seguirá para análise do Plenário da Câmara, que decidirá sobre a perda do mandato de Carla Zambelli. Paralelamente, o presidente da CCJ reiterou pedido ao ministro Alexandre de Moraes para derrubar o sigilo de todo o processo no STF.

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