Prevenção: Dia dos Pais reacende alerta para os cuidados com a saúde do homem

Foto: Freepik. 

Neste domingo (10), quando se comemora o Dia dos Pais, a data também serve como um alerta para a saúde masculina. Dados do Ministério da Saúde mostram que homens morrem mais do que as mulheres em praticamente todas as faixas etárias até os 80 anos, principalmente por doenças crônicas não transmissíveis, como cardiovasculares e respiratórias. O risco de morte por essas causas é até 50% maior. 


De acordo com o médico urologista da Hapvida, Luís Fernando Caroccia Boretti, isso se deve a uma combinação de fatores culturais, sociais e psicológicos que dificultam a prevenção. “Muitos homens ainda evitam procurar o médico por medo do diagnóstico, por falta de tempo ou por acreditarem que devem ser sempre fortes e independentes. Mas essa cultura precisa mudar”, afirma o especialista. 


A conscientização é o primeiro passo para transformar esse cenário. Segundo Boretti, a educação em saúde, o apoio da família e o fácil acesso a serviços médicos são atitudes que podem encorajar os homens a cuidarem mais de si. Ele destaca que os exames preventivos devem ser realizados de forma regular, especialmente a partir dos 40 anos, com foco na saúde cardiovascular e urológica. 


Além da busca contínua por saúde mental e da adesão a hábitos saudáveis desde cedo, cada fase da vida exige cuidados específicos. Na juventude, dos 15 a 24 anos, o foco deve ser a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, que deve permanecer ao longo das décadas. Entre os 25 e 60 anos, deve-se redobrar a atenção às doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, além de iniciar os exames de próstata. A partir dos 60, é essencial monitorar também a saúde cognitiva, prevenir quedas e manter a mobilidade com exercícios regulares.


Além do câncer de próstata, outras doenças urológicas, como hiperplasia benigna, prostatite, cálculos renais e infecções urinárias exigem atenção. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens negros e/ou com histórico familiar iniciem os exames preventivos da próstata aos 45 anos. Para os demais, a indicação é a partir dos 50 anos, com exame de sangue (PSA) e toque retal. 


Outro ponto relevante, segundo o urologista, é falar abertamente sobre sexualidade. “A saúde sexual precisa ser discutida sem tabu. Isso contribui para a prevenção de infecções, melhora os relacionamentos e fortalece a consciência do cuidado com o corpo e o bem-estar”, reforça Boretti. (*) Ascom

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