A importância do sono para a saúde física e mental: O que dizem os especialistas

Foto: Créditos / Freepik. 

Dormir bem não é apenas uma questão de descanso — é uma necessidade biológica fundamental para a manutenção da saúde física, mental e emocional. De acordo com especialistas em medicina do sono, a qualidade e a quantidade adequadas de sono estão diretamente associadas ao bom funcionamento do organismo e à prevenção de diversas doenças.


Sono e saúde mental


O sono exerce um papel essencial na regulação das emoções, no equilíbrio psicológico e na saúde do cérebro. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), durante o sono ocorre a consolidação da memória, a organização das informações adquiridas durante o dia e a regulação dos neurotransmissores, como serotonina e dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar.


Pesquisas comprovam que a privação de sono está diretamente ligada ao aumento de casos de ansiedade, depressão, estresse e até transtornos mais graves, como o burnout. “O sono é o restaurador natural do cérebro. Sem ele, o sistema nervoso sofre, aumentando os riscos de desequilíbrios emocionais e cognitivos”, explica a médica neurologista e especialista em medicina do sono, Dra. Andrea Bacelar.


Sono e saúde física


No campo físico, dormir bem impacta desde o sistema imunológico até o controle do peso. Durante as fases mais profundas do sono, o corpo libera hormônios fundamentais, como o hormônio do crescimento, que atua na regeneração celular, na manutenção dos músculos e no fortalecimento do sistema imunológico.


De acordo com a Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos (National Sleep Foundation), noites mal dormidas aumentam o risco de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade, infartos e até alguns tipos de câncer. Além disso, a falta de sono compromete o metabolismo, dificulta a perda de peso e contribui para o aumento da gordura corporal.


Quantas horas de sono são necessárias?


O tempo ideal de sono varia conforme a faixa etária, mas, para adultos, a recomendação dos especialistas gira entre 7 e 9 horas por noite. Dormir menos que isso de forma contínua pode gerar um efeito acumulativo prejudicial ao organismo, conhecido como “débito de sono”.


Sinais de que você não está dormindo bem:


  • Sonolência excessiva durante o dia;
  • Dificuldade de concentração;
  • Irritabilidade e alterações de humor;
  • Queda na produtividade e na criatividade;
  • Enfraquecimento do sistema imunológico (gripes e resfriados frequentes).


Dicas para melhorar a qualidade do sono:


  1. Mantenha horários regulares para dormir e acordar, inclusive aos finais de semana.
  2. Evite telas (celular, TV, computador) pelo menos 1 hora antes de dormir.
  3. Crie um ambiente propício, com pouca luz, temperatura agradável e sem ruídos.
  4. Evite cafeína, álcool e refeições pesadas nas horas que antecedem o sono.
  5. Pratique atividades físicas regularmente, mas evite exercícios intensos à noite.
  6. Desenvolva uma rotina relaxante antes de dormir, como ler, ouvir música calma ou meditar.


Conclusão


Dormir bem é tão essencial quanto se alimentar de forma saudável ou praticar exercícios. Ignorar a importância do sono compromete não apenas o bem-estar no curto prazo, mas também a saúde a longo prazo. Como reforça a médica especialista em medicina do sono, Dra. Dalva Poyares: O sono não é perda de tempo. Pelo contrário, ele é o alicerce da saúde física, mental e emocional.”


Priorizar o descanso é, sem dúvida, um dos maiores atos de autocuidado e promoção da qualidade de vida.


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