Estudos têm demonstrado que o número de transtornos mentais desenvolvidos durante o período da maternidade só tem aumentado: um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou que 20% das mulheres terão algum tipo de transtorno mental na gravidez ou no período pós-parto. Enxergar a mulher por trás da mãe é fundamental, conforme destaca a psicóloga do Hapvida NotreDame Intermédica, Elaine Souza.Foto: Ascom/Havida / Divulgação.
“A maternidade traz sobrecarga, mudanças, necessidade de cuidado da mãe também e não só do bebê. Ela é esquecida na maternidade e acredita que precisa dar conta de tudo, acredita na romantização e que precisa lidar com tudo sem procurar ajuda e compartilhar as angústias”, ressalta Elaine Souza.
Nesse sentido, o cuidado com a mãe vai além de sua saúde mental – montar uma rede de apoio antes mesmo do nascimento do bebê é fundamental para evitar a sobrecarga e atribuir tarefas e responsabilidades para pessoas que podem contribuir na jornada, que costuma ser desafiadora.
Deixar a culpa de lado também deve fazer parte da jornada da maternidade: entender suas limitações e estar pronta para pedir ajuda pode fazer toda a diferença na rotina e forma de enxergar as situações. “É importante que as mães consigam reconhecer o sofrimento, validar e entender que é real. A partir daí, ela pode buscar o auxílio necessário dentro das condições de cada uma”, disse.
Dados – A OMS aponta que 10% das mulheres grávidas vão apresentar um transtorno mental, assim como 13% das puérperas. A depressão pós-parto também pode atingir até 20% desse grupo após a gestação. Outro levantamento, da American Psychiatric Association, mostrou que 50% dos episódios de depressão que ocorrem no puerpério se desenvolveram no início da gravidez. (*) Ascom/Hapvida
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