Nos últimos 20 anos, 51% das mulheres vítimas de violência letal foram mortas por disparo de armas de fogo, segundo levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz (ISP), a partir de dados dos sistemas de notificação de violência do Ministério da Saúde. A maior concentração de mulheres mortas está na região Nordeste, com 43%. Diante do aumento da violência contra a mulher, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) defendeu mais agilidade para punição dos agressores, proteção mais eficaz para as vítimas e, sobretudo, educação como forma de reduzir os índices. Foto: Divulgação /Assessoria.
Os dados do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que em 2019, 33,3% do total de mortes violentas de mulheres registradas ocorreram dentro de casa, e que nos últimos 12 anos, enquanto os homicídios de mulheres nas residências cresceram 10,6%, os assassinatos fora das residências apresentaram redução de 20,6% no mesmo período, indicando um provável crescimento da violência doméstica.
“Os dados são alarmantes e mostram que não estamos conseguindo mudar a nossa realidade e proteger as nossas mulheres. Precisamos é educar melhor as futuras gerações e punir agressores de forma mais severa”, disse Camila.
O levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz mostra que em 2019, ano dos dados mais recentes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), utilizado no estudo, o percentual de mulheres assassinadas com emprego de arma de fogo fica um pouco abaixo, em 49%. O perfil dessas mortes por emprego de arma de fogo aponta para uma maioria de mulheres negras (70,5%) e jovens (51,8%).
“A cada dois minutos, uma mulher registra agressão sob a Lei Maria da Penha. A legislação foi um avanço grande para o Brasil, pois criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Agora, a nossa polícia e a nossa justiça devem se preparar melhor para garantir segurança, proteger as vítimas e punir com mais rigor e agilidade os agressores”, defendeu.
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