Genival Macêdo. Foto: Reprodução / Facebook.
Natural de João Pessoa, o compositor é considerado como um dos precursores do trio elétrico que, durante o carnaval, em uma caminhonete equipada com aparelho de som, tocava pelas ruas da capital paraibana frevos e marchinhas.
Como escreveu Alexsandra Tavares, em sua matéria de capa da revista Correio das Artes, edição de março de 2021, Genival Macêdo foi um “apaixonado por canções carnavalescas, foi um artista de vanguarda, versátil e inovador”, com suas canções sendo interpretadas por grandes nomes da música brasileira como: Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil, Geraldo Azevedo, Claudionor Germano, Zeca Pagodinho e outros gigantes nomes da música popular brasileira.
Com apenas 16 anos (1937) escreveu “Meu sublime torrão”, hino que ele expressa seu profundo amor pela cidade de João Pessoa, “onde o sol tão quente/ parece mais gentil/ Lá, eu nasci e me criei/ Fiz canções e amei/Sempre tive inspiração”. Com o amor e carinho externado nesta canção, a Paraíba inteira passou a cantar nas ruas por considerar Hino popular da Paraíba.
Com a citação destes dois primeiros hinos, tão importantes para a história da cultura da cidade de Guarabira, pretendo mostrar para as novas gerações, que nem só do presente torna-se estável e harmoniosa a existência humana. É preciso compreender a ligação que o passado traz para o presente.
Reafirmamos a grandeza desse artista paraibano, que compôs e musicou o Hino de Guarabira e que somente a partir de 1987, momento em que comemorávamos o centenário de nossa “Rainha”, e que por tantas vezes cantamos com as crianças nas escolas municipais, nas praças e espaços culturais, demonstrando compreender a relação de passado e presente.
“Oh! Guarabira! / centenária de campos verdejantes! / os que pisam o teu solo/ de ti se fizeram sempre amantes.”
Não nos importa se o coro formado por crianças e professores, na maioria das vezes cantados a capella, tenha sido desarmônico diante das partituras, mas é importante sim reconhecer nosso passado, cantar nossa história e perpetuá-la no nosso futuro.
(*) Por Percinaldo Toscano
- Professor / Graduado em História
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