77% das brasileiras consideram autoexame eficaz, mas especialista alerta: método não detecta tumores em fase inicial

OUTUBRO ROSAInicia nesta terça-feira (1º), a campanha mundial de prevenção e combate ao câncer de mama, o “Outubro Rosa”. Apesar de há 15 anos o Brasil participar da ação, a pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência ‘Câncer de mama hoje: como o Brasil enxerga a paciente e sua doença?’, mostra que a informação sobre o assunto ainda precisa ser melhor difundida. O estudo apontou que 79% dos homens e 77% das mulheres entrevistadas acreditam que o autoexame é suficiente para identificar um possível tumor.  

Contudo, a mastologista do Hapvida em João Pessoa, Josivania Felipe Santiago (Foto), explica que o autoexame é muito importante para a mulher conhecer seu próprio corpo, mas destaca que ele não é a forma mais eficaz para detectar a doença em sua fase inicial, quando as chances de cura são maiores.  

“O autoexame auxilia na identificação de tumores em tamanhos maiores, não aqueles pequenos passíveis de cura. Além disso, a doença pode ser detectada com o exame físico de mamas feito pelo mastologista; por mamografia, principal exame para o diagnóstico do câncer de mama; ultrassonografia, método complementar à mamografia; dentre outros. Mas a confirmação do câncer só se dá através da biópsia. É imprescindível o acompanhamento médico anual a partir dos 40 anos”, frisa.  

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam que 59.700 novos casos sejam registrados este ano no Brasil. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.  

Sinais e sintomas - Mas, será que todo mundo sabe realmente identificar os sinais mais comuns que indicam a presença de um câncer de mama? A mastologista  Josivania Felipe Santiago explicou que a forma mais comum é o aparecimento de um nódulo. “Geralmente duro, irregular e indolor. Outros sinais são a presença de secreção mamilar geralmente unilateral, espontânea e incolor ou sanguinolenta, hiperemias, descamação ou ulceração de mamilo, dor, inversão do mamilo, retração cutânea, edema cutâneo na pele semelhante à casca de laranja”, explica.  

Prevenção – No que diz respeito à prevenção, a médica afirma que não é totalmente possível ocorrer em função dos múltiplos fatores relacionados ao surgimento e vários desses fatores não são modificáveis. Porém, a especialista garante que dentre os fatores comportamentais relacionados com a doença estão: alcoolismo, obesidade e falta de atividade física.  

“Estima-se que por meio da alimentação adequada e atividade física regular pode se reduzir o risco de desenvolver o câncer de mama em até 28%. A amamentação é também um fator protetor. A terapia de reposição hormonal quando estritamente indicada deve ser feita sob controle médico e pelo tempo mínimo necessário”, esclarece.  

Alerta – A mastologista alerta que o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. “É muito importante a sua descoberta precoce, quando ele ainda não é palpável, pois neste estágio pode se adquirir cura da doença. Importantíssimo a mamografia para detecção de casos precoces”, conclui.

Ascom Hapvida

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