Nova etapa de demissão em massa de professores é realizada pelo Unipê

O Unipê (Centro Universitário de João Pessoa), pertencente ao grupo de ensino superior Cruzeiro do Sul, deu início a uma nova etapa de demissões em massa de professores, sobretudo no quadro de professores do curso de Direito. O sucateamento dos quadros vem acontecendo desde a aquisição da faculdade pela Cruzeiro do Sul, no ano passado. O Unipê desta vez teria dispensado em torno de 16 professores, entre eles estão o desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba Leandro dos Santos, o procurador do Ministério Público Francisco Sagres, vários juízes e advogados. 

Entre os demitidos desta vez, conforme informações obtidas com exclusividade pelo Portal ClickPB, estão a advogada Taciana Barreto, o juiz Josivaldo Félix, o professor de Economia em Direito Ailton Menezes, o advogado Diego Cabral, o advogado André Cabral, Wânia Claúdia, o defensor público Chico Freire, Mayra Andrade, de Direito Tributário, o juiz Wlademir Alcebíades, Rivaldete Maria, Fábio Andrade, Antônio Barroso e o professor de Metodologia Edísio. Este último não se trata do advogado Edísio Souto, porque Souto já foi demitido na etapa anterior, em dezembro do ano passado.   

"No curso de Direito, foram cerca de 16 agora, 45 da vez anterior, mais uns 10 há um ano", desabafou um dos professores demitidos na nova leva. "O número de alunos tem caído bastante. O número de turmas tem caído bastante. A visão da Cruzeiro do Sul é que a gente é muito antigo, tem salário muito alto, esse tipo de coisa. Eles estão contratando gente mais barato, mais novos e que dão várias disciplinas. Tem professor lá que dá três ou quatro disciplinas distintas", acrescentou. 

Os alunos têm denunciado o sucateamento da instituição nos últimos meses. Para o juiz Josivaldo Félix, as demissões decorrem de uma política de reestruturação administrativa do Unipê, por isso não condena a iniciativa, desde que os direitos dos demitidos sejam pagos. "Eles fazem a rescisão contratual, pagam os direitos e pronto, está resolvido", disse o magistrado. Josivaldo Félix já ensinava na faculdade há 17 anos. "Eu leciono ensino presencial. Não houve, no vestibular, formação de turma. Para você ter uma ideia, existiam 14 turmas. Nesse semestre de agora, só formou duas turmas oriundas do vestibular da Unipê. Então existia excesso de professores para poucos alunos. Então, como a Unipê, é uma empresa privada, que trabalha visando o lucro, como toda empresa privada, então não tinha razão nenhuma de manter professores para os quais não existia alunos", ponderou o juiz ao Portal ClickPB.       

Créditos: ClickPb


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