Médico infectologista Fernando Chagas (Foto: Divulgação / Hapvida). |
O médico infectologista do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, fala sobre as formas de manifestação clínica da doença. “É preciso que o indivíduo tenha inalado uma quantidade considerável de bacilos que vai para o pulmão e surgem os primeiros sintomas. Como tosse, febre vespertina diária, tremores e perda de peso”, destaca.
Apresentando os sintomas referidos, a doença pode ser diagnosticada por meio do exame de baciloscopia, onde é realizado uma análise do escarro. Outra forma de diagnosticar a doença é o teste rápido molecular para tuberculose. “Este exame detecta o DNA do Bacilo. Além disso, é possível identificar por outros exames como tomografia”, afirma Fernando Chagas.
Apesar do tratamento da tuberculose ser longo por meio dele é possível alcançar a cura. Medicamentos específicos fazem parte do tratamento. O peso do paciente é determinante para posologia da medicação. De acordo com o especialista há uma variação de tempo para o tratamento da doença. “Para quem não tem HIV e nenhuma comorbidade o tempo é de seis meses. Já pessoas com diabetes e HIV o tratamento é feito em nove meses, podendo esse período ser estendido”, explica o infectologista.
O médico alerta que as pessoas que convivem com pacientes com tuberculose precisam estar atentos aos cuidados. “É preciso usar máscaras específicas que evitam que a bactéria entre no trato respiratório. Além disso, devem realizar exames constantemente para diagnosticar a presença ou não da doença, que pode ocorrer de forma latente”, ressalta.
Famosos – No ano passado, a cantora Simaria, da dupla sertaneja com Simone, foi diagnosticada com tuberculose ganglionar, uma apresentação mais rara da infecção. Ela é provocada pelo mesmo bacilo da tuberculose pulmonar. O cantor Thiaguinho também foi vítima da doença, sendo a pleural.
Números – De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 72 mil novos casos de tuberculose no ano passado. Em 2017, foram 73 mil. Entre os novos casos, 10,4% são presidiários, 8,7% pessoas com HIV, 2,5% população de rua e 1% indígenas, considerados de maior vulnerabilidade à doença. A tuberculose matou 4,5 mil pessoas em 2017 e 4,4 mil no ano anterior, no país. Os números de 2018 ainda não foram divulgados.
Assessoria
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