Cientistas criam dieta que alimenta a população e preserva o planeta

Principal mudança é um corte drástico no consumo de proteínas animais. O resto das proteínas viria de frutas oleaginosas e de vegetais leguminosos. 
Porção diária de dieta alimentar criada por cientistas (Foto: Reprodução / TV Globo). 
Um grupo internacional de cientistas desenvolveu uma dieta que, segundo eles, seria capaz de salvar vidas, preservar o planeta e alimentar a população mundial. As recomendações foram publicadas na revista científica "Lancet".

Em 2050, seremos 10 bilhões de humanos a habitar a Terra. Como alimentar tantas bocas sem destruir os recursos do planeta? Hoje, 70% da água potável são usados na agricultura e o aumento das áreas utilizadas pela pecuária ameaça as florestas. Para fechar essa equação, 37 cientistas de 16 países criaram a dieta sustentável, que nutre a humanidade sem destruir o planeta.

A principal mudança é um corte drástico no consumo de proteínas animais. A porção diária de carne, por exemplo, seria de apenas 14 gramas. Quem preferir peixe ou frango, pode comer o dobro. Para completar: um copo de leite e um ovo. O resto das proteínas viria das frutas oleaginosas - como amêndoas e castanhas - e dos vegetais leguminosos como o feijão.

A porção diária ficaria completa com arroz ou pão, vegetais ricos em carboidratos como a batata, legumes e verduras; e, de sobremesa, frutas. Tudo sem exagero.

O nutrólogo da Universidade de Harvard Walter Willett reconhece que seria impossível convencer toda a humanidade a seguir a dieta. “Mas se todo mundo aderisse, conseguiríamos prevenir 11 milhões de mortes prematuras por ano”, diz ele.

O especialista em mudanças climáticas Brent Loken, que participou do estudo, diz que seria preciso abandonar velhos hábitos: “Sei que vocês, brasileiros, adoram comer carne vermelha, mas ela passaria a ser vista como luxo”.

É uma chance de contribuir para a saúde individual e para a do planeta. “Muita gente se pergunta como pode salvar o planeta. Mudar a dieta é provavelmente a melhor coisa que você pode fazer para contribuir”, afirma o nutrólogo de Harvard. 

G1 / Jornal Nacional

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