A Presidência nomeia Onyx Lorenzoni e outros 27 para comandar transição de governo. Lista, que ainda deve aumentar, inclui acusado de agressão e empresário dono da maior prestadora de serviços da campanha do ex-militar.A Casa Civil nomeou nesta segunda-feira (05/11) 28 nomes indicados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para compor a equipe de transição de governo. Não há nenhuma mulher.
O processo será coordenado por Onyx Lorenzoni, confirmado por Bolsonaro para chefiar a Casa Civil no novo governo. Sua nomeação como ministro extraordinário do governo de transição foi a primeira a ser publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
Mais tarde, em edição extra, foram nomeados os demais 27 integrantes da equipe. Durante a transição, a maioria deles vai receber salários que variam entre 2.585 reais e 16.215 reais, enquanto cinco nomes foram designados sem remuneração.
Bolsonaro pode indicar até 50 pessoas para sua equipe de transição, que é responsável por colher informações do atual governo e planejar as ações do próximo. Até o fim desta semana, outros nomes devem ser agregados à lista.
Segundo Onyx, foram criados dez grupos temáticos para os trabalhos. São eles: desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do Estado; economia e comércio exterior; educação, cultura e esportes; Justiça, segurança e combate à corrupção; defesa; infraestrutura; produção sustentável, agricultura e meio ambiente; e saúde e assistência social.
Os grupos, que devem desenhar a composição dos ministérios na próxima gestão, foram anunciados pelo chefe do governo de transição após a primeira reunião da equipe em Brasília nesta segunda. Onyx afirmou que outros grupos temáticos serão anunciados ao longo da semana.
A equipe de transição
A lista divulgada nesta segunda-feira inclui, além de Onyx, outros três ministros já confirmados: Paulo Guedes, que deve chefiar o superministério da Economia, Augusto Heleno, apontado para a Defesa, e Marcos Pontes, indicado para a Ciência e Tecnologia.
O advogado Gustavo Bebianno, que até pouco tempo atrás atuou como presidente interino do PSL, partido do presidente eleito, e foi um dos principais coordenadores da campanha de Bolsonaro à Presidência, também aparece na relação de oficializados.
O vice-presidente nacional do PSL, Julian Lemos, é outro membro. Eleito deputado federal pela Paraíba neste ano e coordenador da campanha no Nordeste, ele já foi acusado de agressão pela irmã e pela ex-mulher, tendo sido alvo da Lei Maria da Penha por três vezes.
Em um dos casos, foi preso em flagrante. Dois inquéritos foram arquivados, e o terceiro segue na Justiça. Lemos nega todas as alegações.
Outro nome que chamou atenção foi o do empresário Marcos Aurélio Carvalho, um dos donos da agência AM4 Brasil Inteligência Digital - a empresa que mais forneceu serviços à campanha do capitão reformado.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, ele terá um salário de quase 10 mil reais durante a transição e afirmou que vai "ajudar na comunicação" da equipe.
Em 30 de outubro, dois dias após o segundo turno, a campanha de Bolsonaro apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um gasto adicional de 535 mil reais com a AM4, tornando-a a maior prestadora de serviços da candidatura, segundo os dados divulgados até o momento.
Com os 115 mil reais já declarados no primeiro turno, os gastos totais com a empresa de Carvalho somaram 650 mil reais. A campanha especificou os serviços prestados pela agência como sendo criação de site de campanha e consultoria de marketing e mídias digitais.
Em 18 de outubro, uma reportagem da Folha revelou que empresários teriam desembolsado milhões de reais para a compra de serviços de disparos de mensagens em massa contrárias ao PT no WhatsApp, a fim de beneficiar a candidatura de Bolsonaro. A prática é considerada ilegal e levou à abertura de uma investigação contra o presidente eleito no TSE.
Em nota, a AM4 declarou não ter fornecido esse tipo de serviço. "A AM4 já esclareceu em diversas oportunidades que não adota, não recomenda e reputa ineficaz o envio de mensagens em massa por WhatsApp para contatos de base de dados que não seja própria."
A agência também afirma que o único disparo efetuado, para 8 mil contatos, tinha "como conteúdo tão somente o novo número de celular para que doadores previamente cadastrados pudessem fazer contato". "Todas as ações da campanha foram absolutamente regulares e respaldadas pela legislação eleitoral", conclui.
Confira a lista completa dos nomeados à equipe de transição até agora:
Onyx Lorenzoni
Marcos Aurélio Carvalho
Paulo Roberto
Marcos César Pontes
Luciano Irineu de Castro Filho
Paulo Antônio Spencer Uebel
Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Gustavo Bebianno Rocha
Arthur Bragança de Vasconcellos Weintraub
Gulliem Charles Bezerra Lemos
Eduardo Chaves Vieira
Roberto da Cunha Castello Branco
Luiz Tadeu Vilela Blumm
Carlos Von Doellinger
Bruno Eustáquio Castro de Carvalho
Sérgio Augusto de Queiroz
Antônio Flávio Testa
Carlos Alexandre Jorge da Costa
Paulo Roberto Nunes Guedes
Waldemar Gonçalves Ortunho Junior
Abraham Bragança Vasconcellos Weintraub
Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro
Ismael Nobre
Alexandre Xavier Ywata de Carvalho
Pablo Antônio Fernando Tatim dos Santos
Waldery Rodrigues Junior
Adolfo Sachsida
Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque
Portal Terra com DW - Deutsche Welle
Foto, créditos: Romério Cunha /Casa Civil PR
O processo será coordenado por Onyx Lorenzoni, confirmado por Bolsonaro para chefiar a Casa Civil no novo governo. Sua nomeação como ministro extraordinário do governo de transição foi a primeira a ser publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
Mais tarde, em edição extra, foram nomeados os demais 27 integrantes da equipe. Durante a transição, a maioria deles vai receber salários que variam entre 2.585 reais e 16.215 reais, enquanto cinco nomes foram designados sem remuneração.
Bolsonaro pode indicar até 50 pessoas para sua equipe de transição, que é responsável por colher informações do atual governo e planejar as ações do próximo. Até o fim desta semana, outros nomes devem ser agregados à lista.
Segundo Onyx, foram criados dez grupos temáticos para os trabalhos. São eles: desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do Estado; economia e comércio exterior; educação, cultura e esportes; Justiça, segurança e combate à corrupção; defesa; infraestrutura; produção sustentável, agricultura e meio ambiente; e saúde e assistência social.
Os grupos, que devem desenhar a composição dos ministérios na próxima gestão, foram anunciados pelo chefe do governo de transição após a primeira reunião da equipe em Brasília nesta segunda. Onyx afirmou que outros grupos temáticos serão anunciados ao longo da semana.
A equipe de transição
A lista divulgada nesta segunda-feira inclui, além de Onyx, outros três ministros já confirmados: Paulo Guedes, que deve chefiar o superministério da Economia, Augusto Heleno, apontado para a Defesa, e Marcos Pontes, indicado para a Ciência e Tecnologia.
O advogado Gustavo Bebianno, que até pouco tempo atrás atuou como presidente interino do PSL, partido do presidente eleito, e foi um dos principais coordenadores da campanha de Bolsonaro à Presidência, também aparece na relação de oficializados.
O vice-presidente nacional do PSL, Julian Lemos, é outro membro. Eleito deputado federal pela Paraíba neste ano e coordenador da campanha no Nordeste, ele já foi acusado de agressão pela irmã e pela ex-mulher, tendo sido alvo da Lei Maria da Penha por três vezes.
Em um dos casos, foi preso em flagrante. Dois inquéritos foram arquivados, e o terceiro segue na Justiça. Lemos nega todas as alegações.
Outro nome que chamou atenção foi o do empresário Marcos Aurélio Carvalho, um dos donos da agência AM4 Brasil Inteligência Digital - a empresa que mais forneceu serviços à campanha do capitão reformado.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, ele terá um salário de quase 10 mil reais durante a transição e afirmou que vai "ajudar na comunicação" da equipe.
Em 30 de outubro, dois dias após o segundo turno, a campanha de Bolsonaro apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um gasto adicional de 535 mil reais com a AM4, tornando-a a maior prestadora de serviços da candidatura, segundo os dados divulgados até o momento.
Com os 115 mil reais já declarados no primeiro turno, os gastos totais com a empresa de Carvalho somaram 650 mil reais. A campanha especificou os serviços prestados pela agência como sendo criação de site de campanha e consultoria de marketing e mídias digitais.
Em 18 de outubro, uma reportagem da Folha revelou que empresários teriam desembolsado milhões de reais para a compra de serviços de disparos de mensagens em massa contrárias ao PT no WhatsApp, a fim de beneficiar a candidatura de Bolsonaro. A prática é considerada ilegal e levou à abertura de uma investigação contra o presidente eleito no TSE.
Em nota, a AM4 declarou não ter fornecido esse tipo de serviço. "A AM4 já esclareceu em diversas oportunidades que não adota, não recomenda e reputa ineficaz o envio de mensagens em massa por WhatsApp para contatos de base de dados que não seja própria."
A agência também afirma que o único disparo efetuado, para 8 mil contatos, tinha "como conteúdo tão somente o novo número de celular para que doadores previamente cadastrados pudessem fazer contato". "Todas as ações da campanha foram absolutamente regulares e respaldadas pela legislação eleitoral", conclui.
Confira a lista completa dos nomeados à equipe de transição até agora:
Onyx Lorenzoni
Marcos Aurélio Carvalho
Paulo Roberto
Marcos César Pontes
Luciano Irineu de Castro Filho
Paulo Antônio Spencer Uebel
Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Gustavo Bebianno Rocha
Arthur Bragança de Vasconcellos Weintraub
Gulliem Charles Bezerra Lemos
Eduardo Chaves Vieira
Roberto da Cunha Castello Branco
Luiz Tadeu Vilela Blumm
Carlos Von Doellinger
Bruno Eustáquio Castro de Carvalho
Sérgio Augusto de Queiroz
Antônio Flávio Testa
Carlos Alexandre Jorge da Costa
Paulo Roberto Nunes Guedes
Waldemar Gonçalves Ortunho Junior
Abraham Bragança Vasconcellos Weintraub
Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro
Ismael Nobre
Alexandre Xavier Ywata de Carvalho
Pablo Antônio Fernando Tatim dos Santos
Waldery Rodrigues Junior
Adolfo Sachsida
Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque
Portal Terra com DW - Deutsche Welle
Foto, créditos: Romério Cunha /Casa Civil PR
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