“O Mecanismo” estreará no próximo 23 de março e contará a história de um policial obcecado por desentranhar os negócios obscuros de um doleiro, uma investigação que acabará tomando dimensões gigantescas e alcançará poderosos considerados intocáveis até então.
Embora se trate de uma trama de ficção, Padilha faz referências constantes à realidade brasileira.
“No Brasil a corrupção faz parte da lógica, da estrutura da política. A corrupção é a norma. Esse ‘mecanismo’ não tem ideologia, está tanto nos governos de direita como de esquerda”, disse o diretor na coletiva de imprensa de apresentação da série no Rio de Janeiro.
Em “O Mecanismo” tudo parte, precisamente, de uma descoberta em um negócio de lava jato, da mesma forma que começou a operação “Lava Jato” em 2014, que desde então levou à queda de políticos e empresários.
Na série, ambientada principalmente em 2013 em um Brasil dirigido por uma presidente, a fictícia “Petrobrasil” e a construtora “Miller & Brecht” estão no centro do megaesquema de corrupção, assim como estiveram, na realidade, a Petrobras e a Odebrecht.
A investigação sobre o “maior escândalo de corrupção de todos os tempos” é protagonizada pelos brasileiros Selton Mello, no papel de policial, Carol Abras, como sua discípula, e Enrique Diaz, como o doleiro corrupto.
“Acredito que o público se identificará com o lado cidadão do policial, um cara que quer justiça e que as coisas sejam melhores”, disse Selton Mello.
Cineset
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