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Cartaz eletrônico de divulgação da Campanha. (Reprodução / Facebook). |
Foi a partir da percepção de grupos de discussão que tratavam dos riscos que pais e responsáveis corriam, ao expor as crianças aos relacionamentos afetivos que são da fase adulta, que a campanha nasceu. Carolina Pinheiro, assessora de comunicação da secretaria, explica que esse projeto foi lançado primeiro na internet, mas sem a intenção de alcançar níveis nacionais.
O projeto foi pensado para a conscientização local, porque entre 22 e 26 de maio, ela passou a ser trabalhada nos sete Centros de Convivência da Família e Idoso, coordenados pela SEAS. “Esse era um tema ainda não abordado na esfera governamental, e então decidimos contribuir. Publicamos a campanha das redes sociais e ela alcançou um número de 28 milhões de pessoas em todo o país, já nos primeiros dias! Não imaginávamos que tomaria essas proporções, porque priorizamos nosso público”, comemora Carolina.
A repercussão da campanha, com as redes sociais, tem trazido à secretaria histórias sobre problemas associados aos relacionamentos infantis, que acontecem no ambiente escolar, dos mais variados estados do país. Um exemplo é uma mãe de Minas Gerais, que contou que a filha pequena se sente constrangida e com vergonha, porque alguns amiguinhos a elogiam e pedem para namorá-la. Ao contatar a escola, ela ouviu: “Quem mandou ter filha bonita? E que bonitinhos os coleguinhas!”.
Em outro caso, uma mãe do Rio de Janeiro disse que quando sua filha tinha cinco anos, um amiguinho sempre dizia que era namorado dela. Isso a chateava e ela dizia que não. Até o dia em que ela chegou em casa, com um cartão feito pela mãe daquele amigo, dizendo que era seu “convite de casamento”. A mãe foi então falar com a diretora da escola que lhe recomendou: “Você precisa entender que mãe de menino é assim mesmo”. E ela ficou sem reação.
Luiz Coderch, psicólogo e terapeuta sexual da SEAS, explica que a campanha poderá orientar os adultos a reconhecerem que a relação entre meninos e meninas menores de idade, deve ser de amizade. “O adulto não deve reprimir as expressões de afetividade da criança, mas também não há necessidade de transformar relações de respeito e carinho em namoro. Conversar sobre o que é certo ou errado é sempre a melhor opção”, orienta.
Sempre Família
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