Hamilton vence GP de Abu Dhabi, mas Rosberg é quem levanta título de campeão 2016 da F1

Nico Rosberg é o novo campeão da Fórmula 1 (Foto: Mercedes). 
E finalmente chegou a vez de Nico Rosberg. Lewis Hamilton bem que tentou, a Red Bull também quase interferiu na briga e até a Ferrari fez uma pontinha nesse episódio final da temporada 2016 da F1. Só que o roteiro já havia sido muito bem amarrado ao longo dos 20 capítulos anteriores, e a ‘season finale’ do Mundial, em Abu Dhabi neste domingo (27), viu mesmo a consagração do alemão da Mercedes, que exibiu um desempenho quase impecável e se colocou com justiça no papel de protagonista. 

O evento final não teve uma grande reviravolta, redenções ou vilões, apenas refletiu um campeonato marcado pelo domínio inconteste dos carros prateados. Hamilton foi o vencedor da prova que precisava vencer, apresentou uma grande performance e até lançou mão da tática de segurar o rival, em uma última tentativa de colocar os adversários à frente de seu rival - algo que tinha dito que não pensava fazer -, mas não foi o suficiente para bater o companheiro de garagem. 

Rosberg, por sua vez, seguiu à risca o comportamento apresentado nas últimas corridas. Fez uma prova segura, mas não deixou de arriscar também, é preciso reconhecer. Quando Max Verstappen, sempre ele, surgiu como um fator de preocupação, o #6 não se fez de rogado e encarou o jovem de frente, executando uma bela e atrevida ultrapassagem na metade da prova. A ousadia lhe colocou em segundo – posição em que cruzou a linha de chegada e mais do que suficiente para, enfim, soltar o grito de campeão. Nico também se torna hoje o segundo filho de campeão a conquistar a honra máxima da F1. O germânico é ainda o 33º campeão da F1 e o piloto que mais GPs demorou para conquistar a taça.

"Definitivamente, não foi a corrida mais agradável que eu já tive. Com Max no começo e com todo mundo no final, realmente não foi muito legal. Mas estou contente que tenha acabado. Estou em êxtase. quero dedicar essa vitória à minha esposa e à nossa filha. E depois a todos", disse um emocionado Rosberg.

Na frieza dos números, apesar da décima vitória em 2016, Hamilton fecha o campeonato cinco pontos atrás de Rosberg, em um ano em que a Mercedes se tornou tricampeã.

A verdade é que a parte final da corrida foi dramática. E tudo graças à estratégia. Sebastian Vettel decidiu por um último stint com os pneus supermacios e voou, alcançando, a cinco voltas do fim, a terceira posição. Hamilton viu ali uma oportunidade a lá Jacques Villeneuve e passou a 'trancar Nico', enquanto o ferrarista pressionava. Mas nem isso tirou a concentração do alemão, que levou o carro prata até o fim. Vettel fechou mesmo o pódio. 

Mas não foi só o duelo no deserto que marcou a prova em Yas Marina. Jenson Button também brilhou neste encerramento, apesar do abandono precoce da corrida. O inglês foi reverenciado pelos fãs, pela McLaren e pela família. Ao descer da McLaren, que o deixou na mão por conta de uma falha de suspensão, o inglês foi mais uma vez elegante. Disse que vai sentir falta da F1 e que de nada se arrepende. 

Outra história foi 'segundo' adeus foi o de Felipe Massa. A história do brasileiro já havia sido devidamente contada em Interlagos, mas Abu Dahbi foi um bônus. Felipe fez uma corrida consistente e levou à Williams aos pontos com a nona posição. 

A F1 volta agora em 2017, no fim do mês de março, com o GP de Austrália.

(De Grande Prêmio)

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