- Reunião de lideres (Foto: Reprodução / Câmara do Deputados). |
Jovair Arantes avalia que seu relatório tem conteúdo suficiente para conquistar os 342 votos necessários para aprovação em Plenário. "Para quem está em dúvida, acho que é necessário colocar a mão na consciência agora e analisar a situação do País. E o relatório ajuda muito, porque é técnico e absolutamente centrado na questão jurídica e na questão política, que não podemos abandonar. O Brasil passa por problemas e é evidente que esse relatório dá segurança jurídica e conforto para os deputados votarem", disse Arantes.
O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), também não tem dúvidas da aprovação do impeachment de Dilma Rousseff. "Quem tem votos, vota. Quem não tem, grita. O governo não tem mais votos para barrar o impeachment", declarou.
Já o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) aposta na pressão dos movimentos populares contra o impeachment, sobretudo em relação aos deputados indecisos.
"Nesta altura, já não é mais a defesa do governo, é a defesa do processo democrático. Acho que é uma votação em aberto e nós vamos disputar. Os elementos mais fortes que temos são o elemento da convicção [da inocência de Dilma] e o movimento em defesa da democracia, que é cada vez maior na sociedade. Aqui tem um conjunto de votos ideológicos que não vai mudar e tem um conjunto de votos que ainda está em disputa. Estes são os que nos interessam", disse Chinaglia.
Negociação de cargos
Nesta terça-feira (12), o Solidariedade entrou com ações na Justiça Federal, em vários estados, em busca de uma liminar para interromper negociações do governo com partidos aliados.
"Estamos pedindo que reverta esses cargos que a presidente está entregando agora aos partidos aliados dela aqui no Congresso. E impedir que ela indique novos cargos até o final do processo de impeachment, porque o que ela está fazendo é trocar cargos por votos", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).
Chinaglia rebateu essas críticas. "Quando, às vezes, eu vejo parte das análises atribuindo ao governo negociação de cargos, o que é verdade, falta complementar que a promessa de cargos de quem não está no poder ocorre com uma intensidade igual ou maior. É só conversar com os parlamentares", afirmou.
Líderes governistas e da oposição têm apresentado projeções divergentes quanto ao resultado da votação do pedido de impeachment em Plenário. O parecer de Jovair Arantes foi aprovado na segunda-feira (11), por 38 votos a 27, na comissão especial criada pela Câmara para analisar o tema. (Com Agência Câmara Notícias)
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