Governistas e oposição avaliam estratégias para votação do processo de impeachment

- Reunião de lideres (Foto: Reprodução / Câmara do Deputados). 
Líderes de partidos da base do governo e da oposição avaliam as estratégias finais para a votação, no Plenário da Câmara dos Deputados, da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A discussão do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao processo, vai começar na sexta-feira (15) e continuará no sábado (16). Já a votação ocorrerá no domingo (17), em sessão prevista para as 14 horas.

Jovair Arantes avalia que seu relatório tem conteúdo suficiente para conquistar os 342 votos necessários para aprovação em Plenário. "Para quem está em dúvida, acho que é necessário colocar a mão na consciência agora e analisar a situação do País. E o relatório ajuda muito, porque é técnico e absolutamente centrado na questão jurídica e na questão política, que não podemos abandonar. O Brasil passa por problemas e é evidente que esse relatório dá segurança jurídica e conforto para os deputados votarem", disse Arantes.

O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), também não tem dúvidas da aprovação do impeachment de Dilma Rousseff. "Quem tem votos, vota. Quem não tem, grita. O governo não tem mais votos para barrar o impeachment", declarou.

Já o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) aposta na pressão dos movimentos populares contra o impeachment, sobretudo em relação aos deputados indecisos.

"Nesta altura, já não é mais a defesa do governo, é a defesa do processo democrático. Acho que é uma votação em aberto e nós vamos disputar. Os elementos mais fortes que temos são o elemento da convicção [da inocência de Dilma] e o movimento em defesa da democracia, que é cada vez maior na sociedade. Aqui tem um conjunto de votos ideológicos que não vai mudar e tem um conjunto de votos que ainda está em disputa. Estes são os que nos interessam", disse Chinaglia.

Negociação de cargos
Nesta terça-feira (12), o Solidariedade entrou com ações na Justiça Federal, em vários estados, em busca de uma liminar para interromper negociações do governo com partidos aliados.

"Estamos pedindo que reverta esses cargos que a presidente está entregando agora aos partidos aliados dela aqui no Congresso. E impedir que ela indique novos cargos até o final do processo de impeachment, porque o que ela está fazendo é trocar cargos por votos", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).

Chinaglia rebateu essas críticas. "Quando, às vezes, eu vejo parte das análises atribuindo ao governo negociação de cargos, o que é verdade, falta complementar que a promessa de cargos de quem não está no poder ocorre com uma intensidade igual ou maior. É só conversar com os parlamentares", afirmou.

Líderes governistas e da oposição têm apresentado projeções divergentes quanto ao resultado da votação do pedido de impeachment em Plenário. O parecer de Jovair Arantes foi aprovado na segunda-feira (11), por 38 votos a 27, na comissão especial criada pela Câmara para analisar o tema. (Com Agência Câmara Notícias)

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