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- Mapa mostra localização de onde foi realizado o teste nuclear norte-coreano. |
O teste nuclear ocorreu às 23h30 BRST (10:30 da manhã
local de quarta-feira) e de acordo com a rede global de sismologia IRIS, foi
localizado a 21 km ao leste-nordeste de Sungjibaegam, no leste da Coréia do Norte,
a menos de 1 km de profundidade.
A explosão gerou uma poderosa onda mecânica que foi
detectada por diversos sismógrafos ao redor do mundo, que revelaram formas de
ondas características da detonação de um artefato explosivo. Mais tarde, a
agência oficial de notícias confirmou o teste, enaltecendo a conquista do povo
norte-coreano.
Esta não é a primeira vez que o país de Kim Jong Un
realiza testes nucleares, mas os artefatos eram armas de fissão, que liberam
energia pelo rompimento do núcleo dos átomos de urânio, uma tecnologia
considerada ultrapassada desde a Segunda Guerra mundial.
O teste atual - baseado na fusão nuclear - vai muito
além em termos de desenvolvimento. As bombas de hidrogênio, ou Bomba-H,
produzem detonações absurdamente maiores que as bombas de fissão e liberam sua
energia através da fusão dos átomos de hidrogênio, exatamente como acontece no
interior do Sol.
O teste de 5 de janeiro causou a convocação do
Conselho de Segurança da ONU. De acordo com especialistas em segurança, a
Coréia do Norte tem capacidade balística para levar ogivas deste tipo a mais de
9 mil km de distância,
Explosões e terremotos
Embora os registros sismográficos pareçam confusos à
primeira vista, uma análise mais detalhada pode revelar sinais que permitem
identificar uma explosão de qualquer tipo de um terremoto.
Para se ter uma ideia, uma explosão nuclear produz
cerca de 70 assinaturas típicas, enquanto um terremoto gera mais de 200 sinais
diferentes. Muitas vezes as nuances são tão débeis que somente o emprego de
supercomputadores permite uma análise mais refinada.
No entanto, algumas diferenças são bem marcantes, pois
a forma como a energia é liberada também é diferente. Enquanto uma bomba libera
toda a energia em apenas uma fração de segundo, um terremoto o faz de forma
muito mais lenta, que pode variar entre 1 ou dezenas de segundos. Além disso,
detonações ocorrem a poucos metros da superfície, enquanto terremotos acontecem
a muitos quilômetros de profundidade.
Diferente de um terremoto, uma explosão produz um
distúrbio mecânico perfeitamente esférico que faz propagar as ondas do tipo P
de forma extremamente eficiente. Os terremotos, ao contrário, excitam os
movimentos transversos com muito mais facilidade, permitindo que as ondas do
tipo S viajem com muito mais intensidade.
Essas características primárias típicas fazem com que
os registros sismográficos sejam diferentes. Enquanto os terremotos apresentam
ondas "P" pequenas e ondas "S" muito maiores, as explosões
revelam ondas "P" muito maiores que as ondas "S", como
podemos ver no diagrama acima. Além disso, o tempo do tremor causado por uma
explosão é muito menor que o de um terremoto típico. (Apollo11.com)
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