- Foto: Reprodução / Câmara do Deputados. |
Essa é a primeira vitória da oposição no caminho para
o impedimento do mandato da presidente.
A chapa formada por governistas tinha 47 inscritos. A
vencedora, que foi protocalada nesta terça-feira, disputava o controle da comissão
com 39 membros.
Ainda faltam 26 deputados para completar o número
necessário para abertura da comissão.
A sessão que definiu os membros da comissão foi
marcado por tumulto e protestos dos parlamentares da base aliada, que
discordavam que a escolha fosse feita por meio de votação secreta, determinada
pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que é favorável ao impeachment.
Votação suplementar
A vitória da oposição hoje não significa, contudo, que
os partidos da base aliada não terão representantes nessa etapa do processo.
A comissão especial que vai analisar o caso deve ser
composta por 65 membros. Como a chapa vencedora tem um número inferior para
completar o grupo, os líderes não contemplados pela chapa vencedora devem
indicar os nomes que faltam.
As escolhas serão, então, referendadas pelo Plenário
em uma votação suplementar.
Cada partido tem direito a um número proporcional de
representantes na comissão especial.
Por exemplo, o Partido dos Trabalhadores (PT), pode
indicar oito parlamentares. Como nenhum deputado da sigla fazia parte da chapa
vencedora, o líder do PT na Câmara ainda pode indicar outros nomes para compor
o grupo que dará o parecer sobre o impeachment.
Veja quantos representantes cada partido terá na
comissão especial do impeachment:
Partido / Número de deputados que podem participar da
Comissão Especial
PMDB / 8
PT / 8
PSDB / 6
PP / 4
PSD / 4
PR / 4
PSB / 4
PTB / 3
DEM* / 2
PRB* / 2
SD / 2
PSC / 2
PROS / 2
PDT / 2
PHS / 1
PTN / 1
PMN* / 1
PEN* / 1
PCdoB / 1
PPS / 1
PV / 1
PSOL / 1
PTC / 1
PTdoB* / 1
REDE / 1
PMB / 1
A chapa vencedora
Protocolada às 13h50 desta terça-feira, a chapa Unindo
pelo Brasil é composta por 39 deputados do PSDB, SD, DEM, PPS, PSC, PMDB, PHS,
PP, PTB, PEN, PMB, PSB e PSD.
Essa foi a primeira vez que duas chapas disputaram o
controle de uma comissão especial, que geralmente é formada por indicados pleos
líderes de partido e referendada pela Casa.
No caso do PMDB, os membros eleitos para a comissão
não foram selecionados pelo deputado Flávio Picciani, que é líder da sigla na
Câmara, e havia indicado apenas parlamentares que apoiam o governo. (Exame)
0 comments:
Postar um comentário