- Imagens: Reprodução / PC-AP |
Inicialmente,
ele confessou o estupro em duas meninas, mas os exames comprovaram o abuso em
todas. “Era rapidinho, não fazia nada não, era rapidinho”, confessou o
agricultor à Rede Amazônica no Amapá. Ele permanece preso na delegacia do
município e as crianças voltaram para a guarda da mãe, que é da etnia indígena
Karipuna, e estão sendo acompanhadas pelo Conselho Tutelar e pela Fundação
Nacional do Índio (Funai).
Os
abusos, conforme a polícia, aconteciam na propriedade que fica no quilômetro 16
da BR-156, onde ele morava com as meninas e outros três filhos homens após
separar da mulher há pouco mais de três anos. Ele não é indígena e a mãe havia
ficado com uma criança de colo.
“O
representante da Funai apresentou a mãe da vítima e trouxe uma das filhas
abusadas, que tem 12 anos. Fizemos o exame de conjunção carnal que atestou o
abuso, tanto o rompimento do hímen, quanto fissuras anais. Após isso
investigamos os demais abusos”, contou o delegado Correa.
Trabalho forçado
No
local, as crianças foram acompanhadas por uma psicóloga, que, além da
violência, atestou condições sub-humanas de moradia, identificando nas menores
ferimentos e calos nas mãos e pés por causa do trabalho pesado na roça que eram
obrigadas a fazer.
“As
meninas aparentam bastante traumas com a situação. Estão bem acuadas, chorosas
e a psicóloga acompanhou a operação toda”, detalhou o delegado. O suspeito
ainda foi preso por porte ilegal de armas ao ser abordado com três espingardas
calibre 12 e 14 munições.
Suspeita de aborto
De
acordo com a descrição da filha de 14 anos, a polícia suspeita que o agricultor
tenha dado um medicamento abortivo a ela após suspeitar de uma gravidez.
“Após
perceber que ela apresentava sinais de gravidez, como vômito, enjoos, o pai deu
para ela supostamente um remédio que seria para verme, mas a gente tem
desconfiança que seja um remédio abortivo”, detalhou o delegado.
O
suspeito segue preso na delegacia de Oiapoque e aguarda transferência para o
Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). (G1)
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