| MAPA DA VIOLÊCIA | A
deputada estadual e presidente da Comissão de Direitos da Mulher, Camila
Toscano (PSDB), cobrou nesta terça-feira (10) ações mais efetivas do Governo do
Estado no combate a violência contra a mulher que cresceu 260% nos últimos 10
anos, segundo dados do Mapa da Violência 2015 - Homicídios de Mulheres no
Brasil, divulgado na segunda-feira (9).
Como
comprovação do crescimento de crimes no Estado, a deputada lembrou de alguns
casos ocorridos nos últimos dias e também destacou dois deles que chamaram a
atenção dos paraibanos pelas barbaridades cometidas pelos assassinos.
“Olhando
o noticiário dos últimos dias, fiz um breve levantamento dos crimes cometidos
contra mulheres. Na quarta-feira passada Sandra Serafim foi assassinada com
golpes de faca pelo marido em Queimadas. No último sábado Francinalda Alves da
Silva de 41 anos foi assassinada com golpes de faca na cidade de Patos. Também
não esquecemos de crimes bárbaros cometidos como o estupro coletivo em
Queimadas e a Barbárie dos Bancários”, disse.
Camila
avaliou que são preocupantes os números apresentados pelo Mapa da Violência
2015 - Homicídios de Mulheres no Brasil. “Os dados revelam que em 2003 tivemos
no Estado o registro de 35 homicídios e em 2013 este número saltou para 126
assassinatos. Isso significa dizer que o número de homicídios contra mulheres
cresceu 260% em dez anos na Paraíba”, destacou.
De
acordo com o levantamento, os dados colocam a Paraíba no segundo lugar do
ranking de crescimento de homicídios contra mulheres no Brasil durante esse
período. João Pessoa, segundo a pesquisa, é a terceira capital brasileira com
maior taxa de homicídios de mulheres, com 10,5 para cada 100 mil habitantes.
A
cidade do Conde, no litoral sul, ocupando a quarta posição, com 18,5 mortes por
100 mil habitantes, de acordo com o Mapa da Violência. Segundo a deputada, o
mapa mostra que a taxa de homicídios contra mulheres no País aumentou 8,8%
entre 2003 e 2013.
Dados
Nacionais - No período pesquisado, em média, 11 mulheres foram assassinadas no
Brasil todos os dias. Mais da metade delas, 55%, eram negras. Camila
destacou ainda que o estudo revela que 50,3% das mortes violentas de mulheres
no Brasil são cometidas por familiares e 33,2% por parceiros ou ex-parceiros.
Outro
dado importante do estudo é o local do homicídio: 27,1% deles acontecem no
domicílio da vítima, indicando a alta domesticidade dos assassinatos de
mulheres.
Legislação
e Machismo - “Sabemos que o machismo e a certeza da impunidade fazem com que
estes casos de violência contra a mulher só aumentem. Tivemos passos
importantes como a Lei Maria da Penha e a do Feminicídio, mas precisamos de
mais. Carecemos de ações efetivas da Segurança Pública. Precisamos ter a
capacidade de dar segurança as mulheres. Não queremos chorar a morte delas.
Queremos impedir que sejam mortas”, destacou a deputada.
Camila
Toscano disse que outro tema que precisa ser enfrentado é a questão do
machismo. Os homens, segundo ela, precisam saber que são iguais as mulheres e
que não podem usar a força e a violência psicológica para fazer valer a sua
vontade.
“Vou
usar os espaços da Assembleia Legislativa quantas vezes forem necessárias para cobrar
providencias para este grave problema, pois não posso me calar diante de casos
diários de violência contra a mulher em nosso Estado. Esse tema tem que ser
amplamente discutido e esta Casa tem que se engajar nessa luta para cobrar uma
política efetiva de violência contra a mulher”, afirmou Camila. (Assessoria)
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