Presidente
abriu mão de falar em cadeia nacional nesta segunda, 7 de Setembro. Em vídeo divulgado na
internet, ensaia um mea culpa do governo, mas não demora a culpar crise
internacional.
O Palácio do Planalto liberou nesta segunda-feira nas
redes sociais o discurso da presidente Dilma Rousseff por ocasião do Sete de
Setembro - não haverá transmissão das palavras de Dilma em rede nacional de
rádio e televisão. No vídeo, a petista ensaia um mea culpa culpa diante da grave
crise econômica por que passa o país, mas logo volta a culpar a crise internacional.
Diante da pressão crescente para que deixe o governo, Dilma afirmou ainda que
este feriado é a data em que o Brasil honra seus heróis. E que o país deve ser
firme "na defesa da maior conquista alcançada e pela qual devemos zelar
permanentemente: a democracia e a adoção do voto popular como método único de
eleger nossos governantes e representantes".
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Dilma (Foto: Reprodução/Veja). |
Em
seu pronunciamento, Dilma afirma que as dificuldades econômicas "resultam
de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso
para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos
investimentos e dos programas sociais". Agora, segundo ela, essas medidas
precisam ser revistas. "Se cometemos erros, e isso é possível, vamos
superá-los e seguir em frente", afirma.
Como
de praxe, a crise internacional foi a grande vilã do discurso da petista.
"Nossos problemas também vieram lá de fora e ninguém que seja honesto pode
negar isso. Está visível que a situação em muitas partes do mundo voltou a se
agravar", diz a presidente. "Países importantes, parceiros do Brasil,
tiveram seu crescimento reduzido". Dilma afirma ainda que alguns remédios
para a situação atual podem ser "amargos", mas
"indispensáveis". "As medidas que estamos tomando são
necessárias para pôr a casa em ordem e reduzir a inflação, por exemplo",
declarou.
Além
de tecer elogios à sua administração e a do antecessor, a presidente disse que
nenhuma dificuldade a fará abrir mão da "alma e do caráter" de seu
governo, que é a criação de oportunidades iguais para a população.
"Devemos, nessa hora, estar acima das diferenças menores, colocando em
segundo plano os interesses individuais ou partidários", declarou.
A
presidente tratou ainda da crise migratória e afirmou que, mesmo vivendo
momento de dificuldades, o Brasil está "de braços abertos" para
receber refugiados. (Com Veja)
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