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- Ruínas de um canhão no Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. |
Acima,
ruínas de um canhão no Forte de Orange, localizado na ilha de Itamaracá,
Pernambuco
Os
holandeses estabeleceram-se aqui e em outras colônias de Portugal, como as que
ficavam na Costa Oeste da África, porque esses locais, nessa época, estavam sob
o domínio espanhol (a Espanha era rival econômica, política e religiosa da
Holanda), haja vista que havia ocorrido a União Ibérica (união dos tronos
português e espanhol) em 1580.
Como
a sede da Capitania de Pernambuco, a cidade de Recife, estava à beira-mar, os
domínios holandeses do Brasil podiam ser facilmente interpelados por outros
invasores ou por manobras militares marítimas espanholas. Uma das medidas
imediatas que os holandeses tomaram foi a criação de fortes (construções
militares fortificadas com pedras e armadas com canhões), como o Forte de
Orange, também conhecido como o Forte de Itamaracá, pois está situado na Ilha
de Itamaracá, Pernambuco.
Esse
Forte começou a ser erguido em 1631, um ano após os holandeses terem tomado
Recife. Quem ordenou a construção foi o oficial holandês Steyn Callenfels. O
nome “Orange” remete à dinastia que governava a Holanda (Países Baixos) à época
das invasões. Além de ser um lugar apto para estratégias militares, a ilha de
Itamaracá, onde o Forte foi construído, também era decisiva para o fluxo de
mercadorias que saía de Olinda e Recife.
O
Forte de Orange tornou-se o principal ponto de defesa e de controle econômico
do “Brasil Holandês”. Após a expulsão dos holandeses mediante as Batalhas dos
Guararapes (1648-49) e a capitulação de Campina de Taborda, em 1654, o Forte de
Orange foi dominado e utilizado por forças luso-brasileiras.
Nos
séculos seguintes, o Forte tornou-se inutilizado e só passou a despertar
interesse no século XX, em razão de pesquisas arqueológicas que nele estudavam
o modo como os holandeses erguiam as muralhas (que tipo de tecnologia eram
empregada) e os vestígios encontrados, como projéteis de chumbo, estatuetas
esculpidas em osso, fornilhos de cachimbos, entre outras coisas.
Por
Me. Cláudio Fernandes
Brasil Escola
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