| ARTIGO | Hitler,
para quem não souber, foi o famigerado Adolf Hitler. Aquele baixinho invocado,
de famoso bigodinho, não era alemão de nascença, mas comandou o poderoso país
na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), de triste lembrança. A sua doutrina
assassina, tinha como um dos principais pilares a enfática defesa do que ele
chamava a “raça ariana”, “os alemães saudáveis, loiros, inteligentes, dispostos
e acima de tudo da linhagem mais pura dos seres humanos, uma raça superior às
demais", superiores aos negros, amarelos e semitas. Os povos nórdicos e
germânicos, que para ele representavam o ápice da civilização, sendo
responsáveis por todo o progresso da humanidade ao longo da história.
Por
conta desta sua teoria e outras maluquices do gênero, foi o grande responsável
pelo holocausto e pelo morticínio de milhões de pessoas inocentes, entre
idosos, crianças, mulheres grávidas, homossexuais, ciganos, judeus e portadores
de necessidades especiais. O que só teve um fim ao final da referida Guerra e
com a morte do degenerado.
Atualmente,
neste contexto de mais uma grande tragédia migratória entre povos tão
diferentes (África, Oriente Médio e Europa) vitimando inclusive o que se
tornou, certamente, mais um símbolo de tantas calamidades, aquele menininho de
apenas três aninhos de idade, encontrado morto, por afogamento numa praia,
acompanhado dos seus pais e irmão, tentando fugir do lugar aonde viviam, sob
fortes ameaças de grupos terroristas.
Mais
uma vez, a poderosa Alemanha assume um papel de protagonista, só que desta vez
sob a batuta de uma mulher, a Primeira-Ministra Ângela Merkel. E, agora, para o
bem, apoiando e consolando milhares de pessoas buscando abrigo, fugindo das
supramencionadas áreas. Mesmo contrariando muitos compatriotas, sobretudo os
xenófobos e neonazistas.
O
que ora ela faz é admirável e digno de aplausos de todas as pessoas de bem, de
todas as partes do nosso planeta. Acompanha a autoridade alemã Merkel, alguns
outros líderes mundiais, a exemplo do venerável e carismático líder do Vaticano
e da comunidade católica mundial, o Papa Francisco, que está aconselhando e
orientando os seus liderados a conceder abrigo a estes homens, mulheres e
crianças.
O
nefando Hitler deve estar se remoendo no túmulo, após setenta anos. Como se vê,
do exposto e nesse aspecto, Hitler e Merkel são iguais apenas na quantidade de
letras.
Tenho
dito.
Antônio José de Souza
Professor, historiador e Bacharel em Direito
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