Hitler e Merkel: O avesso do avesso – por professor Antônio Souza

| ARTIGO | Hitler, para quem não souber, foi o famigerado Adolf Hitler. Aquele baixinho invocado, de famoso bigodinho, não era alemão de nascença, mas comandou o poderoso país na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), de triste lembrança. A sua doutrina assassina, tinha como um dos principais pilares a enfática defesa do que ele chamava a “raça ariana”, “os alemães saudáveis, loiros, inteligentes, dispostos e acima de tudo da linhagem mais pura dos seres humanos, uma raça superior às demais", superiores aos negros, amarelos e semitas. Os povos nórdicos e germânicos, que para ele representavam o ápice da civilização, sendo responsáveis por todo o progresso da humanidade ao longo da história.
Por conta desta sua teoria e outras maluquices do gênero, foi o grande responsável pelo holocausto e pelo morticínio de milhões de pessoas inocentes, entre idosos, crianças, mulheres grávidas, homossexuais, ciganos, judeus e portadores de necessidades especiais. O que só teve um fim ao final da referida Guerra e com a morte do degenerado.
Atualmente, neste contexto de mais uma grande tragédia migratória entre povos tão diferentes (África, Oriente Médio e Europa) vitimando inclusive o que se tornou, certamente, mais um símbolo de tantas calamidades, aquele menininho de apenas três aninhos de idade, encontrado morto, por afogamento numa praia, acompanhado dos seus pais e irmão, tentando fugir do lugar aonde viviam, sob fortes ameaças de grupos terroristas.
Mais uma vez, a poderosa Alemanha assume um papel de protagonista, só que desta vez sob a batuta de uma mulher, a Primeira-Ministra Ângela Merkel. E, agora, para o bem, apoiando e consolando milhares de pessoas buscando abrigo, fugindo das supramencionadas áreas. Mesmo contrariando muitos compatriotas, sobretudo os xenófobos e neonazistas.
O que ora ela faz é admirável e digno de aplausos de todas as pessoas de bem, de todas as partes do nosso planeta. Acompanha a autoridade alemã Merkel, alguns outros líderes mundiais, a exemplo do venerável e carismático líder do Vaticano e da comunidade católica mundial, o Papa Francisco, que está aconselhando e orientando os seus liderados a conceder abrigo a estes homens, mulheres e crianças.
O nefando Hitler deve estar se remoendo no túmulo, após setenta anos. Como se vê, do exposto e nesse aspecto, Hitler e Merkel são iguais apenas na quantidade de letras.

Tenho dito.                                                     

Antônio José de Souza
Professor, historiador e Bacharel em Direito


Compartilhe no Google Plus
    Faça seu comentario pelo Gmail
    Faça seu comentario pelo Facebook

0 comments:

Postar um comentário