Nelson Barbosa (Foto: Divulgação/Exame). |
Ao anunciar uma previsão
de déficit de 30,5 bilhões de reais para o ano que vem, o governo também
reconheceu que 2016 deverá ser um ano difícil. "Uma retomada mais
acelerada da economia deve ocorrer em 2017, não mais em 2016", afirmou
Nelson Barbosa, ministro do Planejamento. Para 2016, o governo prevê
crescimento de 0,2% (ainda que o mercado vislumbre recessão), e de 1,7% para
2017.
Também demorará dois
anos, segundo o governo, para que o país consiga fazer um superávit primário.
Depois de um déficit de 0,34% do PIB para o setor público no ano que vem, um
resultado positivo só é esperado para 2017, com uma meta de 1,3%. Também neste
mesmo ano, a dívida bruta deve alcançar 68,8% do PIB, e só deve começar a se
estabilizar em 2018 -- cenário já esperado segundo a última versão do relatório
de programação orçamentária.
Calado durante a maior
parte da coletiva, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, viajou de São Paulo a
Brasília para entregar, junto com Nelson Barbosa, o texto da proposta
orçamentária a Renan Calheiros, presidente do Senado. Segundo Levy, é preciso
"construir uma ponte" que permita a "travessia" do atual
modelo econômico para um mais eficiente e que permita maiores conquistas para a
sociedade. "Num momento em que o Brasil enfrenta uma mudança significativa
no ambiente econômico, é preciso que o governo tenha uma visão de mercado,
empreenda reformas e construa essa ponte para trazer estabilidade". (Veja)
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