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- Aécio Neves (Foto: George Gianni/PSDB). |
Aécio
criticou ainda a falta de mudanças estruturais e de cortes mais significativos
nas despesas obrigatórias. "Não é aceitável o aumento do imposto de renda
sobre ganho de capital, não para melhorar o sistema tributário, mas apenas para
crescer a receita, e a volta da CPMF, o famoso imposto sobre transações
financeiras que a sociedade já tinha se mostrado contra na sua última tentativa
de renovação, em 2007", disse. "O governo do PT quer da sociedade um
cheque em branco. Pede um voto de confiança quando continuamente não cumpre o
que promete", acrescentou o presidente nacional do PSDB.
Em
busca de barrar a aprovação de novas taxações, a oposição se articula para
criar uma frente única contra a CPMF e o aumento de impostos. O senador Ronaldo
Caiado (DEM-GO), que encampa a criação dessa frente, disse que o governo
"faz um jogo de cena" e, sem cortar na própria máquina, "repassa
a conta do desastre do seu governo para o brasileiro". "O Congresso
não vai referendar esse ataque. É a pá de cal do governo do PT essa tentativa
de recriar a CPMF e aumentar impostos", afirmou.
Já
o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), disse que são mínimas
as chances de essas propostas passarem. "É necessário ter uma certa
credibilidade para propor um aumento de tributos para o país. Mas o governo não
tem essa credibilidade e nem tem mais essa base sólida na Câmara. Não
passa", afirmou. "O que a presidente Dilma pretende é fazer com que
os brasileiros sejam os fiadores do déficit pelo qual ela é a principal
responsável, mas não quer pagar a conta, cortando na própria carne.
Infelizmente, estamos diante de um governo sem palavra, que faz o contrário do
que promete", acrescentou o tucano.
Presidente
do PPS, o deputado Roberto Freire (SP) disse esperar que a presidente Dilma
entregue o cargo. "Esperava que ela saísse, pedisse o chapéu e fosse
embora. Seria o melhor para o Brasil", afirmou.
Emendas
- O governo também deve encontrar resistência, e não apenas na oposição, em
proposta que direciona o investimento dos recursos das emendas parlamentares,
dinheiro que deputados e senadores têm direito a injetar em suas bases
eleitorais. A ideia é que parte das emendas substitua o rombo na saúde e nas
obras do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC).
Para
o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a medida é inconstitucional e
ficará nas mãos da "vontade" do parlamentar. "O governo quer
direcionar as emendas para as despesas que eles querem [compensar]", disse
o peemedebista. (Veja)
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