Alunos de escola do estado fazem protesto após demissão de professor em Guarabira

"Esperamos que os políticos do governo que se diz para todos possam demonstrar mais clareza para esse assunto e dar a solução" - dispara o presidente do grêmio estudantil da escola.

Resquícios de mais uma enxurrada de demissão realizada nesta semana pelo Governo Ricardo II, inclusive na área da educação – os alunos da escola estadual Monsenhor Emiliano de Cristo, ‘escola Polivalente’ de Guarabira – resolveram reivindicar e ao mesmo tempo fazer um protesto pela permanência de um professor, querido pelos mesmos, o qual também foi alvo de exoneração da caneta alaranjada do governador. Professor Caio, como é chamado, que ensinava duas disciplinas, sendo Biologia e Física, foi demitido na última quinta-feira, e o alunado não aceita outro professor em sua vaga, por lhe acharem dedicado e comprometido em suas aulas.

Com isso, os alunos juntamente com o grêmio estudantil da escola foram até a sede da 2ª Gerência de Ensino, localizada na Rua Dr. Sales, próximo ao Colégio da Luz em Guarabira, onde o estudante Geberton, presidente do Grêmio e a professora Elizabeth, se reuniram com a gerente Márcia Amaral. Enquanto isso cerca de 100 estudantes que tomaram toda a frente da gerência, fizeram uma barricada humana, impedindo assim o fluxo do trânsito naquele trecho, o que obrigou uma equipe da 2ª CPTran isolar o local até o final da reunião.

O repórter Zé Roberto, da Rádio Constelação FM de Guarabira esteve no local e conversou com alguns estudantes.

- Professor Caio era um profissional dedicado, a gente ficou sem professor em duas matérias; nós, a professora Elizabeth e o povo do grêmio, estamos reivindicando que ele volte – disse a estudante Estefany

- Dar prazer em sentar para assistir a aula dele; diferente de muitos que tem lá. Todos no colégio gostam de Caio – destacou a aluna Géssica.

O presidente do grêmio estudantil, o jovem Geberton, saiu da reunião com uma informação nada animadora para a turma, pois, segundo o mesmo, a gerente Márcia teria dito que nada poderia fazer, pelo menos durante este mês de agosto. Ele cobrou com sabedoria e de forma crítica que os que fazem o governo do estado demonstrassem mais clareza e que trouxessem a solução, pois se assim continuar, segundo o presidente do grêmio, serão tomadas outras providencias.

- Nós não vamos aceitar outro professor que não seja Caio. Se for preciso nós vamos tomar outras decisões. O polivalente sem o professor Caio é um colégio de pernas quebradas. Esperamos que eles tragam a solução até a semana que vem, senão iremos tomar outras providencias. Esperamos que os políticos do governo que se diz para todos possam demonstrar mais clareza para esse assunto e dar a solução – disparou Geberton.

A professora Elizabeth, que disse não temer represálias saiu em defesa do colega de trabalho, e com isso abraçou a causa dos alunos. Ela elogiou o trabalho de Caio, porém repassou para os estudantes, os esclarecimentos dados pela 2ª GRE, que o governador estaria cumprindo determinação do Tribunal de Contas, e o professor Caio e tantos outros servidores contratados teriam sido demitidos por excesso de servidores no governo.

- Caio é um profissional que motiva os colegas e os alunos, mas a explicação dada por Márcia Amaral é que ele foi demitido por excesso, que a gerência estaria cumprindo determinação do Tribunal de Contas. A gente não pode ficar omisso diante de uma situação dessas; eu abracei a causa dos alunos porque eu sei o quanto os alunos gostam das aulas dele, o quanto ele tem sido importante para a nossa escola – relatou Elizabeth.

Ainda de acordo com a professora Elizabeth, não se sabe ainda quem irá substituir Caio. Ela disse que cerca de dez servidores foram demitidos da escola Polivalente, sendo apenas Caio de professor, o qual ensinava Biologia e Física, levando, segundo a mesma, inovação a escola e bons resultados.

Da redação com informações do repórter Zé Roberto.


 Fotos: Zé Roberto
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