₢ Divulgação. |
A
profilaxia pós-exposição, como o tratamento é chamado, é indicado para todos
que tiveram risco de contato com o vírus causador da aids. Isso pode acontecer
tanto num acidente ocupacional, como médicos ou enfermeiros que tiveram contato
com sangue de paciente, quanto com vítimas de violência sexual ou pessoas que
tiveram relação sexual desprotegida. Para ter eficácia, no entanto, o
tratamento, feito ao longo de 28 dias, tem de ter início no máximo até 72 horas
após a exposição ao vírus. O ideal é que o ele seja iniciado nas primeiras duas
horas após a exposição.
O
objetivo da nova estratégia é facilitar o acesso e, principalmente, evitar a
recusa de alguns serviços de fornecer a terapia, eficaz para prevenção da
doença. "Antes da mudança, havia o entendimento incorreto de que um
serviço especializado poderia atender apenas a um grupo determinado",
afirmou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério
da Saúde, Fábio Mesquita.
Com
isso, serviços que prestam atendimentos a vítimas de violência, por exemplo,
alegavam que só poderiam fornecer remédios às mulheres ali atendidas. "A
maior parte das recusas ocorria para pessoas que recorriam ao serviços depois
de manter relações sexuais desprotegidas", completou Mesquita.
O
Ministério da Saúde não tem estimativa de qual será o impacto da mudança. Para
facilitar o acesso aos serviços, o Ministério vai lançar um aplicativo em
dezembro com orientações sobre os postos mais próximos de distribuição. Além de
centros de serviços especializados em DST-Aids, em algumas cidades
antirretrovirais são fornecidos também em unidades de emergência. "Nos
casos de serviços 24 horas, a distribuição de medicamentos não é feita para 28
dias. Os serviços dão o suficiente para três ou quatro dias de terapia e pedem
que o paciente retorne, num segundo momento, para pegar o restante."
A
terapia começou a ser ofertada no Sistema Único de Saúde nos anos 90,
inicialmente para profissionais de saúde que tiveram contato com materiais
contaminados ou sob risco de contaminação. Em 1998, a terapia foi estendida
para vítimas de violência sexual e, em 2011, passou a ser ofertada também a
todos os que tiveram uma relação sexual desprotegida.
Conferência
Mesquita,
que está na Conferência Internacional de Aids, em Vancouver, no Canadá, contou
que neste ano o Brasil definirá a estratégia para outra forma de prevenção à
doença: o uso dos antiaids antes da relação sexual desprotegida. Neste caso, em
vez de "pílula do dia seguinte", os remédios agiriam como uma
"vacina".
Hoje,
dois estudos estão em andamento, para verificar a adesão de voluntários.
"A eficácia da terapia pré-exposição está comprovada. O que observamos é o
comportamento de pacientes voluntários, se eles mantêm o uso de remédios, se
aprovam a estratégia", contou. Resultados de estudo conduzido na Fiocruz
foram animadores. A ideia é definir se a estratégia pode ser incluída no
programa brasileiro a partir de 2016. Com informações do Estadão Conteúdo. (Noticia ao Minuto)
0 comments:
Postar um comentário