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₢ Divulgação/Estadão. |
O filho do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luíz Lula da Silva (Lulinha), entrou no
Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de queixa-crime contra o deputado
federal Domingos Sávio (PSDB-MG). A defesa de Lulinha pede a condenação do
tucano pelos crimes de "calúnia, injúria e difamação". A ação foi
encaminhada nessa quarta-feira, 8, à Suprema Corte e tem como base declarações
que teriam sido feitas por Sávio em entrevista realizada no último mês de
fevereiro a uma rádio de Minas Gerais.
No
documento, a defesa de Lulinha destaca o seguinte trecho da entrevista do
tucano. "Essa roubalheira na
Petrobrás começou lá no governo Lula e o Lulinha, filho dele, é um dos homens
mais ricos do Brasil hoje. É uma bandalheira. O homem tá comprando fazendas de
milhares e milhares de hectares, é toda semana. É um dos homens mais ricos do
Brasil e ficou rico do dia para a noite, assim como num passe de mágica, rico,
fruto de roubalheira que virou este país".
Advogados
de Lulinha rebatem as acusações de Domingos Sávio e dizem que ele
"jamais" foi sócio ou manteve negócios relacionados à agroindústria,
assim como "nunca" foi proprietário de fazendas ou propriedades
rurais.
"As
ofensivas proferidas pelo querelado contra o querelante são repugnantes,
irrogadas e mentirosas e atribuem ao mesmo cometimento de crimes como
associação criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, dentre
outros, tudo com o exclusivo objetivo de
denegrir sua imagem, reputação e dignidade", diz trecho da ação.
A
apresentação da queixa-crime contra o deputado ocorre após a ministra do
Supremo, Rosa Weber, determinar no último mês de maio o arquivamento de uma
primeira "interpelação" de Lulinha contra o parlamentar encaminhada
ao STF.
"O
processo de interpelação judicial é uma medida preparatória para a ação penal,
de modo que não cabe ao STF qualquer juízo de valor, mas apenas franquear ao
possível autor do delito a oportunidade de manifestação para fins de retratação
ou esclarecimento", alega a defesa de Lulinha no documento.
Trecho
da ação foi postado no perfil do Facebook do ex-presidente Lula com uma imagem
do deputado Domingos Sávio, com uma tarja preta na altura dos olhos do
parlamentar. Nela consta a seguinte frase: "imunidade parlamentar não pode
ser usada para agredir com mentiras".
No
mesmo dia em que foi encaminhada ação ao STF, o próprio Lula teve iniciativa
similar contra o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Em fevereiro, o senador
chamou o petista de "bandido" no Twitter. Para a defesa, o tipo de
afirmação feita por Caiado também extrapolou a imunidade parlamentar e
configurou uma grave ofensa ao ex-presidente. (Estadão)
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