.Um dos sete dirigentes da Fifa detidos no dia 27 de maio em Zurique foi
extraditado nesta quarta-feira (15) para os Estados Unidos, comunicou hoje a
Justiça suíça. O homem foi entregue a três policias americanos, que o
escoltaram no avião, com destino a Nova York. As prisões ocorrem a pedido da
justiça americana, que acusa os cartolas de corrupção, fraude e conspiração na
Federação Internacional de Futebol.
Entre os detidos está o ex-presidente da CBF,
José Maria Marin. Nesta semana, o brasileiro foi ouvido pela primeira vez pelas
autoridades suíças, e se negou a ser extraditado. Agora, o caso deve será
avaliado pela justiça do país. O Escritório Federal de Justiça
da Suíça, em Berna, declarou que não pode informar o nome do dirigente que foi
levado aos Estados Unidos, a pedido do réu. Segundo o suíços, o cartola se opôs
à extradição em um primeiro momento, logo após a prisão. Mas na audiência
seguinte, em 9 de julho, mudou de ideia. Desta maneira, a justiça agilizou o
procedimento e já entregou o acusado aos americanos.
Ainda de acordo com os suíços, o Ministério
Público de Nova York suspeita a pessoa em questão de ter “recebido propina de
milhões de dólares de empresas comerciais esportivas, em troca de direitos de
comercialização”. “Isso ocorreu em qualificações para a Copa do Mundo,
campeonatos regionais e campeonatos continentais na América do Norte e do Sul”,
informou o escritório. “Essas práticas atingiram financeiramente duas
confederações continentais da Fifa e diferentes associações nacionais.”
Outros cartolas detidos
Um porta-voz da justiça, Raphael Frei, afirmou
que as audiências dos outros réus continuam. Os sete dirigentes são acusados
pelos americanos de ter recebido mais de US$ 100 milhões em propina.
As autoridades suíças, por sua vez, investigam a
atribuição duvidosa das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para a Rússia e o Catar,
respectivamente. As suspeitas levaram o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a
pedir demissão quatro dias depois de ser reeleito à frente da entidade. Blatter
vai permanecer no cargo até a realização de uma nova eleição, que deve ocorrer
no ano que em. (RFI)
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