O casal suspeito de matar e violentar Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, foi preso nesta terça-feira (18), na zona rural de Carnaíba, no Sertão de Pernambuco. No caminho para a Delegacia de Tabira, moradores da cidade arrancaram o suspeito Antônio Lopes Severo, de 42 anos, conhecido por Frajola, da viatura policial e o lincharam.Foto: Reprodução / JCPE.
Vídeos nas redes sociais mostram o tumulto e a revolta de populares. Já a mulher que também é suspeita de participado no crime, Giselda da Silva Andrade, 30, conseguiu fugir das agressões.
Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) confirmou o linchamento do suspeito, que chegou a ser socorrido para uma unidade de saúde. Disse ainda que a Polícia Civil vai apurar quem participou da ação que levou o suspeito à morte.
"A conduta do policiamento também será apurada", disse o texto da SDS.
Enterro da criança
Pela manhã, o corpo de Arthur foi sepultado no cemitério de Tabira. Familiares e moradores da cidade, estarrecidos com a violência, acompanharam a despedida.
Nas redes sociais, o prefeito de Tabira, Flávio Marques, lamentou a morte do garoto.
"Como pai, minha dor é imensa, e minha solidariedade vai à sua família. Uma criança inocente, cheia de vida, teve sua existência cruelmente interrompida por um crime bárbaro e inaceitável. Desde que soube do ocorrido, venho acompanhando de perto o caso através da Rede de Assistência", escreveu na segunda-feira (17).
O crime
De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu no bairro de João Cordeiro e foi registrado como homicídio por violência doméstica/ familiar.
A mãe de Arthur, que estava em outro estado no final de semana, deixou a criança sob os cuidados de Antônio e Giselda. Segundo a delegada que investiga o caso, Joedna Soares, o casal tinha passagem pela polícia e já tinha sido preso por ter cometido crimes de homicídio e tráfico de drogas.
Os suspeitos teriam agredido o garoto, no dia do crime, e fugido do local. Uma vizinha encontrou a criança na casa, com várias lesões no corpo e acionou a polícia.
Ainda segundo a delegada, a mãe da criança não tem participação no crime.
(*) @jc_pe
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