Haddad promete novos cortes se pacote aprovado não sustentar queda nas despesas

Fernando Haddad minimizou a desidratação das propostas feitas pelos parlamentares, como no caso dos supersalários e emendas. 

Foto: Rodrigo Pozzebom / Agência Brasil. 
O pacote fiscal foi aprovado no Congresso. Agora, o governo espera uma reação definida pela equipe econômica como “mais serena” do mercado, principalmente, em relação ao dólar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), adiantou que novas medidas de corte de gastos serão tomadas, se as aprovadas pelos parlamentares não sustentarem uma queda nas despesas.

“O Executivo, seja em qualquer esfera de governo, seja uma prefeitura, seja um estado, tem que ter como prática a revisão de gasto. Isso tem de ser uma rotina”, disse Haddad.

O ministro minimizou a desidratação das propostas pelos parlamentares. Após os ajustes do Congresso, a economia esperada até 2026 caiu de 72 para R$ 71 bilhões, segundo o governo. O mercado contava com um aperto maior. Afinal, essa cobrança motivou a disparada do dólar nos últimos dias.

“Temos de corrigir essa 'escorregada' que o dólar deu aqui. Não no sentido de buscar um nível de dólar, não no sentido de mirar uma meta. Sempre que houver disfuncionalidade por incerteza, insegurança, no mercado de câmbio e juros, o Banco Central deve promover correções nesse sentido”, comentou o ministro.

O ministro fez questão de agradecer ao Congresso pela aprovação do pacote fiscal em menos de uma semana. A equipe econômica segue de olho no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que passou de R$ 5 bilhões para R$ 8 bilhões em apenas 3 anos. Novas medidas de ajuste no programa não estão descartadas.

O Congresso permitiu que mais de uma pessoa na mesma família siga recebendo o benefício, inclusive quem tem bens, como imóveis, por exemplo, mas aumentou o rigor para o acesso, com biometria e atualização de cadastros. Outras regras aprovadas são:

(arte: entra com impacto em benefícios sociais, do inss, aposentadorias e pensões)

o aumento do salário mínimo será limitado a 2,5% acima da inflação;

o abono salarial passará gradativamente a ser pago a quem ganha até 1,5 salário mínimo, e não mais dois.

A regra que acabaria com "supersalários" no funcionalismo público não passou nem a medida para limitar todas emendas parlamentares.

O orçamento de 2025 não foi aprovado. A promessa é votar a proposta logo na volta do recesso parlamentar, em fevereiro.

(*) @bandjornalismo


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